24 de setembro de 2013
cansei de você ponto com ponto br
pois é. você já cansou de alguma coisa? eu cansei de você e de sua cara de bixa morfética. de você e de sua vozinha irritante. de você e de sua falsidade que cheira pior que bueiro sujo. to cansado. cansado de gente chata. de ser legal. de parecer ser legal, mas ser irônico, sarcástico... sério. cansei de cansar dos meus be efe efes e de não cansar dos coleguinhas, das pessoinhas que vou conhecendo por ai. sim, estou me fechando dentro do meu mundinho, com minhas coisas. com meus sonhinhos, meus medinhos, meus fracassinhos, meus, minhas ervas daninhas. que todos os orixás me afastem de você. que deus que está no céu te leve pra bem longe de mim. que todos os demônios existentes no inferno te afoguem nas lavas dos piores vulcões. cansei de deixar de ouvir meus amigos para te ouvir aqui, fingindo que é amiguinho, pronto pra dar o bote. cansei de você que fala de mim pelas costas sem ao menos saber decifrar todos os meus sinais de expressão. cansei de tudo que diga respeito a seus devaneios. cansei de brigar com quem gosto por causa das coisinhas que você fala por ai. cansei de odiar meus amigos que não estão mais tão presentes na minha vida porque você me ilude com sua amizadezinha virtual. cansei de qualquer coisa que lembre que você existiu. aliás, não existe mais, porque cansei de cansar de você e por isso, a única coisa que sei, é que cansei de você ponto com ponto br e ponto final! ops, ponto de exclamação!
12 de setembro de 2013
Madrugada de Pensamentos - A Garota
Raiva! Estou com um
ódio mortal. Você me disse todas aquelas coisas e ainda terminou. Não sei como
vou ficar sem ter você comigo. E os nossos sonhos? E os projetos? E nossos três
filhos?
Tá doendo sabe? E o
pior de tudo que estou eu aqui, sem sono, mas triste pra caralho. Sinto falta
do teu abraço, das tuas mãos no meu cabelo, da tua barba, de você por inteiro.
Sinto sua falta nas ligações, nos torpedos, nas aparições inesperadas. Bem que
você podia aparecer, assim, de repente. Avisar-me e eu saia escondida de casa e
íamos andar por aí, conversar, sermos felizes como éramos até dias atrás, mas
não, você e esse seu ciúmes idiota, sua mania de achar que dou mole para
aqueles babacas da faculdade. Da minha cabeça não sai o seu rosto bravinho, mas também não sai às
palavras.
Eu poderia até te
ligar agora, mas bate um medo. De você não atender e eu sentir que estou sendo
desprezada, pode ser que você esteja dormindo, mas se eu ligasse agora e você
não atendesse, ia pensar coisas. Só de pensar no que poderia pensar já me dá
uma angustia. Eu poderia mandar uma mensagem. Não. Você poderia ter mandado uma
mensagem, mesmo que estivesse bravo, mas você não fez isso. Se não fosse tão
perigoso eu saia agora de casa e ia até você, na sua casa e se você não
estivesse na sua casa. Será que há essas horas você está dentro de casa?
Dormindo?
Por quê? Essas
lágrimas que escorrem não significa metade do que estou sentindo. Sei que errei
em não te ouvir. Dei motivos para suas conclusões, mas precipitadamente, você
foi mais longe. Eu só queria ter certeza do que sentia por mim. Burra! Eu sei
que sou uma idiota, mas todo mundo faz isso e você também não é o mais certinho
de tudo. O problema é que dessa vez parece que eu fiz toda essa merda sozinha e
talvez você tenha razão em dizer que sou infantil, imatura, inconsequente, mas
e daí? Estamos muito tempo para você falar que não quer mais ficar comigo por
esses motivos não acha? Talvez você já esteja em outra e eu aqui me lamentando,
escrevendo uma coisa que você não vai ler e mesmo que eu mandasse para você,
tenho certeza que você jogaria no lixo a hora que visse que fui eu quem mandou.
Estou com saudade,
muita, mas uma saudade enorme. Se pudéssemos voltar no tempo e fazer as coisas
diferentes não acha? Quero você, preciso de você aqui comigo. Não, aqui não.
Meu pai te mataria, mas quero você em minha vida como antes. Mandando-me
mensagem de bom dia, me ligando as nove e pouco, almoçando comigo quase sempre,
me mandando outras varias mensagens lidas a tarde, me encontrando a noite na
porta da faculdade, vez em quando matando aula comigo só para podermos ficar
mais tempo juntos e depois, me ligando para me dar boa noite, ficando na linha
até eu dormir.
Nossa! A hora passou
rápida e eu não consegui mesmo dormir. Já vou levantar pra fazer café pro meu
pai e depois ir pra ioga. Tenho alguns trabalhos pra fazer e tomara que eu
consiga, pois no meu pensamento só dá você. Talvez eu escreva mais alguma coisa
aqui e mande pra sua casa, mas eu quero mesmo que os anjos, o seu e o meu,
estejam olhando para mim e para tudo que escrevi e vá correndo falar pra você e
quem sabe mais tarde você ou eu tenhamos coragem de nos ligar...
11 de setembro de 2013
Sei lá
Eu não sei. Não sei como vai ser daqui em diante. Não sei como vou ficar. Por enquanto estou péssimo, sentindo falta, achando que é brincadeira e que vai passar, mas sei também que não é brincadeira e que não vai passar. Não sei onde irei encontrar a força para conseguir esquecer. Bem, eu não quero esquecer. Não posso esquecer. Não devo esquecer pelo fato de que não posso querer tirar de dentro de mim o que eu sinto. Ninguém pode tirar de si mesmo aquilo que te faz bem e te dá forças para seguir em frente. E você me fez bem, você me deu forças para chegar até aqui, só que como será daqui em diante? Onde encontrarei motivação para não pensar mais no que passou? De onde surgirá aquela esperança, se a maior esperança simplesmente não me cabe mais? Dói. Dói em mim. Dói dentro de mim. No peito. No coração. Surge um sufocamento inesperado a todo instante e o sufoco não passa e parece que vou morrer, mas não morro, apenas fico me dilacerando. Me definho a cada minuto por tudo que não pude ser. Por tudo que não permiti que fosse. Uma lágrima surge depois de outra lágrima e isso me corta, me arranha a garganta e me faz paralisar. Hoje não cumpri os ritos mais chatos da minha vida. Por quê? Porque faltou uma parte, uma palavra, alguma coisa que me fizesse sentir que mesmo de longe alguém cuidava de mim e se preocupava. Hoje doeu mais que ontem e sei que vai doer menos que amanhã. Sei que cada minuto que passa é o pior tempo de todos os tempos. Todos podem dizer que isso uma hora vai passar, mas eu não quero que passe. Só quero a certeza de que... De nada. Não existem mais certezas, apenas incertezas. Coisas frias. Corações duros. E eu ficarei aqui, talvez para sempre ou talvez por pouco tempo, mas ficarei, porque a lembrança que trago no peito, vai além de qualquer palavra torta ou de qualquer merda feita, porque o que sinto, é maior que tudo e por isso me move a correr atrás, mesmo que seja ignorado, mesmo que seja sutilmente abandonado a vista de um olhar que não quer mais me ver!
9 de setembro de 2013
Madrugada de Pensamentos - O Cara
Olho no celular,
ainda é madrugada. Sinto sua falta aqui comigo. De um jeito muito estranho, teu
cheiro ainda está aqui no meu edredom, no travesseiro, na cama toda. Teu cheiro
está por todas as partes e tua figura não sai da minha cabeça. Por alguns
momentos abri e fechei os olhos violentamente para ter certeza de que estava
acordado e principalmente para saber que tudo foi verdade. O que você disse
ainda está guardado, como pedra atirada. O que eu disse, sei que também está
aí, guardada em alguma parte de seu inconsciente.
Penso em te ligar,
mas já são quase três da manhã e se estiver dormindo, o seu celular estará
desligado. Se eu te ligasse e te deixasse uma mensagem na caixa postal? Você
pode não ouvir. E se eu te mandasse um torpedo? Você pode nem abrir para ler.
Estou pensando em sair agora, ir até a sua casa. Mas seu pai vai sair puto da
vida e vai me esculhambar. O que eu faço?
Bebo até cair de bêbado? Drogo-me até cair de drogado? Penso em você e
permanece nessa posição estupida de que fiz a coisa toda errada? Esse é o nosso
grande problema: um fica achando que o outro fez toda a merda sozinhos, mas
não. Os dois cagaram e pisaram em cima, não satisfeitos, jogaram cada qual suas
merdas sobre o outro, como desculpas, como desavenças, como arrogâncias e um
ciúmes estupido.
Olha eu aqui,
escrevendo o que estou sentindo, o que estou querendo dizer, o que estou
pensando. A ideia de escrever veio de você e nunca fiz, mas hoje senti essa
necessidade. De uma forma ou de outra, preciso, sinto a necessidade de colocar
para fora todas as coisas não ditas, todas s frases interrompidas, todas as
estupidez - suas e minhas - no papel, como se assim me livrasse desse monstro
que o relacionamento nos transformou. Talvez sejam escritos que eu nunca terei
coragem de mostrar a alguém, inclusive a você, mas também não vou rasgar ou
queimar. Guardarei como se fosse um antídoto e todas as vezes que precisar,
voltarei depois do ponto final e escrever.
Agora já passam das
quatro e o sono não vem e a vontade de ir correndo pra sua casa é maior que
toda a vontade que já tive no mundo. Talvez você não queira mais me ver, mas eu
quero; pode ser que você pense ou sonhe com outro nesse momento, mas penso em
você; talvez você mude de time, mas eu quero mudar por você. Pode ser que a
gente não volte, mas eu não estou disposto a desistir assim tão prontamente.
Talvez você queira um tempo, mas eu já tive o tempo que precisava para ter
certeza que é você que eu quero, na saúde ou na doença; na riqueza ou na
pobreza e até que a morte nos separe. Pode ser que essas letras meramente
clichês nunca chegam a serem lidas por você, pode ser que eu esteja com um sono
na alma e por isso escrevo coisas diferentes das que eu disse; talvez o que me
falou não encontrou terra fértil dentro do meu coração, talvez, talvez...
Bem, pode ser que
faltem ainda palavras a serem escritas ou ditas, mas já é quase dia. Preciso
tomar um banho e ir pra academia. Depois cumprir a sina do dia e quem sabe mais
tarde, eu tenha a coragem que me falta para pode ir até sua casa ou no mínimo
te ligar. Talvez eu volte a escrever esses trechos da madrugada, ou
simplesmente eu as deixe por aí, numa gaveta qualquer a fim de juntar mofo e
traças, devorando assim, minha ideia sobre você e eu juntos...
3 de setembro de 2013
Quatro e Quinze
Perguntei pelo nome dela, isso devia ter sido por volta das vinte e três horas e não disse, não quis dizer, me deixou no vácuo e foi em direção ao balcão do bar. Vi quando pegou um copo com uma dose de vodca e depois, sumiu e eu ali, parado, na minha, observando os que estavam presentes, ainda era cedo e ainda havia pouca gente.
Depois de mais ou menos uma hora e meia, a garota que saiu com um copo de vodca na mão voltou, mas já não vestia sua jaqueta jeans azul desbotado. Vestia somente uma camiseta clássica do Ramones. Meio punk, meio hippie, totalmente transtornada e novamente, quando se aproximou de mim, perguntei seu nome e ela com o dedo na boca, propondo um silêncio, colocou o dedo na minha boca, fazendo-me calar. Deu uma risada e voltou novamente para o balcão do bar. Simulou uma dança para ao atendente, riram e eu continuei somente observando de longe e sem me misturar, naquele momento, havia umas vinte pessoas a mais do que quando eu havia chegado.
As duas mesas de bilhar existente naquele lugar estavam repletas de ninfetas afins e punheteiros, todos lá cheirando a néctar de placenta e um tipo de bossalismo juvenil.
Decidi andar, rodar o bar que não era grande, mas que propunha em outro canto, um pouco mais de diversão. No outro galpão, biscates mais velhas e um monte de marmanjo bancando o otário aquelas mulheres descompromissadas, perdidas da noite.
Mulheres, ou tem os homens todos nas mãos, ou simplesmente os tem todos a seus pés. E aqueles estavam todos, afins, de sexo, de volúpia, de embebedar e levar alguma vadia pra casa, para o motel, para o banco de trás do carro do amigo que supostamente poderia estar comendo alguém em um canto qualquer.
Duas horas depois, depois de subir e descer escadas, passar repetidas vezes pelos mesmos lugares e corredores, de ter sido cantado por adolescentes e gays presentes, encontro de novo à garota, só que diferente: seus olhos ardiam. Pareciam chamas e incendiou a minha percepção. Veio em minha direção. Já não lembrava como se andava naquele salto, veio cambaleando e se jogou em meus braços, mas não tive tempo de poder colocar os braços em sua frente e então foi pro chão. O piso sujo foi quem serviu de consolo àquela bêbada. Então rapidamente levantei-a, mas melhor seria ter deixado ela caída e ter ficado ali com ela. A garota era magra, mas pesava. Bêbados, independente do peso físico, pesam mais que qualquer coisa quando estão assim, propriamente bêbados.
Perguntei seu nome e ela desmaiou num sono profundo. Em seguida, um amigo da garota se aproximou, agradeceu pelo cuidado que tive, pegou ela no colo e saiu. Não soube seu nome. Não me diverti aquela noite. Nem bebi e nem usei qualquer tipo de droga. Voltei para casa uma hora mais cedo, isso é: às quatro e quinze da madrugada.
Kb Marc
Depois de mais ou menos uma hora e meia, a garota que saiu com um copo de vodca na mão voltou, mas já não vestia sua jaqueta jeans azul desbotado. Vestia somente uma camiseta clássica do Ramones. Meio punk, meio hippie, totalmente transtornada e novamente, quando se aproximou de mim, perguntei seu nome e ela com o dedo na boca, propondo um silêncio, colocou o dedo na minha boca, fazendo-me calar. Deu uma risada e voltou novamente para o balcão do bar. Simulou uma dança para ao atendente, riram e eu continuei somente observando de longe e sem me misturar, naquele momento, havia umas vinte pessoas a mais do que quando eu havia chegado.
As duas mesas de bilhar existente naquele lugar estavam repletas de ninfetas afins e punheteiros, todos lá cheirando a néctar de placenta e um tipo de bossalismo juvenil.
Decidi andar, rodar o bar que não era grande, mas que propunha em outro canto, um pouco mais de diversão. No outro galpão, biscates mais velhas e um monte de marmanjo bancando o otário aquelas mulheres descompromissadas, perdidas da noite.
Mulheres, ou tem os homens todos nas mãos, ou simplesmente os tem todos a seus pés. E aqueles estavam todos, afins, de sexo, de volúpia, de embebedar e levar alguma vadia pra casa, para o motel, para o banco de trás do carro do amigo que supostamente poderia estar comendo alguém em um canto qualquer.
Duas horas depois, depois de subir e descer escadas, passar repetidas vezes pelos mesmos lugares e corredores, de ter sido cantado por adolescentes e gays presentes, encontro de novo à garota, só que diferente: seus olhos ardiam. Pareciam chamas e incendiou a minha percepção. Veio em minha direção. Já não lembrava como se andava naquele salto, veio cambaleando e se jogou em meus braços, mas não tive tempo de poder colocar os braços em sua frente e então foi pro chão. O piso sujo foi quem serviu de consolo àquela bêbada. Então rapidamente levantei-a, mas melhor seria ter deixado ela caída e ter ficado ali com ela. A garota era magra, mas pesava. Bêbados, independente do peso físico, pesam mais que qualquer coisa quando estão assim, propriamente bêbados.
Perguntei seu nome e ela desmaiou num sono profundo. Em seguida, um amigo da garota se aproximou, agradeceu pelo cuidado que tive, pegou ela no colo e saiu. Não soube seu nome. Não me diverti aquela noite. Nem bebi e nem usei qualquer tipo de droga. Voltei para casa uma hora mais cedo, isso é: às quatro e quinze da madrugada.
Kb Marc
28 de agosto de 2013
Sobre alguma coisa
Hoje é mais um dia daqueles que a gente acorda estragado.
Não por nada que comi e nem bebi, mas estragado por aquilo que alimentei o meu pensamento. Porra! A gente passa anos da vida alimentando uma bosta de "raiz" e "vínculos" que não dão em nada. Achamos mesmo que a família é o melhor lugar do mundo, mas não é. Não é porque cobram da gente o que eles deixam bem claros que não foram capazes de conquistar; não é o melhor paraíso porque no fundo, bem no fundo, ou nem tanto, não respeitam os nossos espaços e nem nossos sonhos e querem que administremos nossa vida como eles administraram (e bem mal administrados) as suas e não é assim. Acordei estragado também por tentar iludir-me que os amigos de anos atrás, aqueles de infância por exemplo são para sempre. Claro que são. Claro que se você ainda não sofre de nenhum mal que nos faça esquecer das coisas, amigos, colegas, inimigos vão ser para sempre, mas é que a gente espera demais e demais e esse demais cansa e esse demais é o suficiente para você perceber que se perde muito tempo na vida tentando acreditar que é tudo como antes ou que esses amigos são mesmo seus amigos para sempre. Não é. Não são. Com essa coisa de que a vida muda, a gente esquece de colocar no pacote do que deve mudar, essas coisas. A gente nota que parece que as pessoas que conhecemos agora são bem mais amigas do que a que conhecemos desde pequenininhos. Natural. Natural porque a gente cresce e vai se afinizando com o que a gente busca no mundo e se não queremos mais, sabemos que podemos não ter que cumprir todo o ritual de que é para sempre. Não digo que são momentos ou pessoas passageiras, mas também não quero ficar eternizando mais nada na minha vida. Entendem? O que eu realmente quero, é sentir aquele tesão no presente, com aqueles que foram um dia, ou com esses que surgem do nada e a gente se identifica. Acho que é melhor caminhar sem raiz nenhum, afinal de contas, raízes nos impossibilitam de nos movimentar. Talvez eu queira apenas saber de que família eu sou e isso basta; também quero me lembrar dos amigos que fiz na infância, mas não estar mais preso a isso, como se fosse um carma ou que eu não tenha direito de olhar as outras possibilidades, encarar o presente! É isso!
Não por nada que comi e nem bebi, mas estragado por aquilo que alimentei o meu pensamento. Porra! A gente passa anos da vida alimentando uma bosta de "raiz" e "vínculos" que não dão em nada. Achamos mesmo que a família é o melhor lugar do mundo, mas não é. Não é porque cobram da gente o que eles deixam bem claros que não foram capazes de conquistar; não é o melhor paraíso porque no fundo, bem no fundo, ou nem tanto, não respeitam os nossos espaços e nem nossos sonhos e querem que administremos nossa vida como eles administraram (e bem mal administrados) as suas e não é assim. Acordei estragado também por tentar iludir-me que os amigos de anos atrás, aqueles de infância por exemplo são para sempre. Claro que são. Claro que se você ainda não sofre de nenhum mal que nos faça esquecer das coisas, amigos, colegas, inimigos vão ser para sempre, mas é que a gente espera demais e demais e esse demais cansa e esse demais é o suficiente para você perceber que se perde muito tempo na vida tentando acreditar que é tudo como antes ou que esses amigos são mesmo seus amigos para sempre. Não é. Não são. Com essa coisa de que a vida muda, a gente esquece de colocar no pacote do que deve mudar, essas coisas. A gente nota que parece que as pessoas que conhecemos agora são bem mais amigas do que a que conhecemos desde pequenininhos. Natural. Natural porque a gente cresce e vai se afinizando com o que a gente busca no mundo e se não queremos mais, sabemos que podemos não ter que cumprir todo o ritual de que é para sempre. Não digo que são momentos ou pessoas passageiras, mas também não quero ficar eternizando mais nada na minha vida. Entendem? O que eu realmente quero, é sentir aquele tesão no presente, com aqueles que foram um dia, ou com esses que surgem do nada e a gente se identifica. Acho que é melhor caminhar sem raiz nenhum, afinal de contas, raízes nos impossibilitam de nos movimentar. Talvez eu queira apenas saber de que família eu sou e isso basta; também quero me lembrar dos amigos que fiz na infância, mas não estar mais preso a isso, como se fosse um carma ou que eu não tenha direito de olhar as outras possibilidades, encarar o presente! É isso!
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