10 de março de 2011

Coragem por força da covardia

"Pois a flecha não fere os covardes." Homero


Acredito em pessoas que arriscam. Gente que não olha à beira do abismo como um fim, mas sim como uma continuação, um principio. Aquele que atado a corda da vida não se detém de um belo salto. Humano que não se abala com o medo, sabendo diferenciar angústia de covardia.
Penso que o risco existe e não é de hoje; e aquele que não se retém a comodidade interpreta bem o que é viver a vida. Tudo deve ser feito com o discernimento de uma inteligência pessoal.
Gosto da pessoa-palavra, mas me atraí o homem-ação. O que está no papel não vale nada se não é minimamente desenrolado ao gestos de cada sílaba. Covardes são aqueles seres que sentem-se incorruptiveis e imaculados; penso seriamente que pessoas assim já são santas, e desse tipo de gente quero distancia. Meu corpo é violado pelo prazer em suas varias facetas e manchado pela culpa do pecado,  e aí está a minha essência. Não a de achar que tudo deve ser como uma orgia sentimental, mas de saber que temos que arriscar e saber de onde viemos de fato.
Que não nos interropam e nem nos pessam para manter a calma diante da loucura de ser e ser em excesso. Tem coisas que transbordam e assim deve ser. Nasci para contaminar e não para salvar. Recordo e revivo cada uma das minhas escolhas e se quiserem chamar-me de louco, que assim seja. Digo apenas que sou incoerente. O mundo deve ficar a vontade de me rotular, mesmo quando me percebo livre disso e só estou expondo minhas feridas, pois o medo que carrego em mim é domado pela força de querer ser quem sou.

2 comentários:

Luciano disse...

po texto maneiro =D template simples porém agradável se cuida e boa sorte http://www.nerdweek.com.br/wordpress/

Carlos disse...

escolher entre viver e existir é como pular de um precipício, né? vc pode até quebrar a cara depois, mas o que importa é que você saltou.