15 de março de 2011

Fios de Histórias III

Fim de novembro na praia

Um final de semana na praia, costuma ser normal entre a geração que busca a paz das forças ocultas desdenhadas em estrepolias e festas. E no fim de novembro, foi mais um desses que Caio pode se deliciar com o sol quente de um verão que ainda não tinha chegado. Um sol quente, que deixou ardência e alguns sinais de queimadura litorânea.
Mas antes do mar beijar a fronte de Caio, vale lembrar que muito pode se acontecer com quem busca uma auto-afirmação junto de estranhos, vedados pelo sagrado sublime do local da mata.
Junto com Adriano e Bernardo, Caio resolveu dedicar um dia de sua vida a uma coisa nova. Uma fantasia revestida de sentimentos e buscas de certas nostalgias. Assim, adentraram-se a mata e ali puderam realizar todo o trajeto da alma e do corpo. Experimentaram em suas sensações, a realidade trasmudada em flashes de um inconsciente vazio de pensamentos mórbidos, só afim de brisar por alguns instantes a incapacidade de se tornar grande.
Nessa aventura, coube a cada um deles se afirmar diante aos símbolos da mata fechada, os valores de um encontro um tanto casual, mas que tornou-se reflexos da sabedoria que vem do alto.
Além disso tudo, Caio era novato nas histórias contadas na mata, enquanto os dois novos amigos, eram seres já mais habituados. Transpareciam um certo frescor e suavidade. Uma compatibilidade sem igual com o verde da floresta. Notava-se ao longe que os seres encantados, fisicamente se entrelaçavam entre as pernas e os braços dos garotos, que com sorrisos e frases soltas, entoavam um hino único de adoração ao momento oferecido pelo tempo, captado nesse espaço.
Ali naquela redoma de coisas verdes. Entre musgos e pouca folhas secas, que demonstravam que passou por ali um inverno não muito distante, não adiante e não muito atrás estavam eles, sentados em posição de contemplação. Era o encontro de um tal Deus com os seres pequenos e rarefeitos de misérias. Era o sonho da mata virgem encontrando-se com a insatisfação e a vida humana.
Dali por diante, os meninos tornaram se um, já que a natureza se permitiu também torna-se uma com eles.
O gosto de novembro se finda com três corações pulsantes em tom marrom e verde. Era o cheiro da terra, o gosto do mato e o salgado das lágrimas do mundo que inaugurava de modo inefável, a controversa história de uma mata sempre contemplada pelo oceano de águas claras.
Os três jovens? Encontram-se uno diante aqueles que conseguem dividir o tempo entre a mata fechada e a praia do fim de novembro.

Um comentário:

MikaelMoraes disse...

Cara gostei mto
já conhecia o blog
foi mto bom voltar aqui e encontrar esse post
parabéns
<>
visite-nos e comente tmbm
gostando siga e avise que retribuiremos
se seguir deixe o aviso no comentário
deixando o seu link para retribuirmos
<>
grato
<>
http://mikaelmoraes.blogspot.com