7 de março de 2011

Método humano

Um dia a gente precisa ser gente e tomar nota de que somos humanos. Precisaremos de afetos, comida, casa e roupa lavada. Mas por enquanto, as coisas sem compromissos estão valendo e o ticket refeição é uma boa.
Por hora, não somos gente. Menos ainda humano. Estamos tratando do paradoxo do futilmente ser e do relativo estar. Se é bom: somos, caso ao contrário apenas estamos. Uma hora viramos o jogo. Não há nada de surpreendente nisso e nenhum psicanalista poderá assim julgar fato notório.
A relação pessoa, homem, animal. Ah! esses animais. Deve ser entendida como o tédio da matéria menos favorita de um Ensino Médio tenso e um amadurecimento tosco. Cobranças demais, oportunidades demais e sentimentalismos demais. Ou não! Cobra-se apenas daquilo que nos trará algum proveito. Oportunizam o básico, fácil e rápido; e, dão sentimentos em forma de barganhas, as coisas vãs e suas filosofias ideologicamente de corrupção mental.
Vamos ao ponto: um dia a gente aprende a ser gente. E se alguém disser que assim já é, suspirar e tornar-se estático. Não ria da (des)humanidade alheia, é falta de compaixão e talvez ouça um tratado de  palavras impróprias do julgo, ser humano que vos fala, ou algumas lágrimas vão rolar...
Notemos que não estamos pronto e nos permeamos ao ofício de inconstância, vulnerabilidade e bipolarismo de um diagnóstico próprio. Sempre que possível (e assim se é de fato) mudamos em busca de um ajuste a nossa imperfeição.
Enquanto isso, vamos nos alimentando do outro em suas terapias pós-traumáticas (que já é de termos nascidos); daquele enfadonho ensaio filológico; das comidas e seus nutrimentos paralisados em uma tabela do guia nutricional de uma revista barata e de boa forma.
Deixe de lado a psicologia pessoal, essa causa transtorno e lágrimas; não atente ao que nos promova a superação e coma um animal morto em um abate estúpido e sem noção (não faça isso ou a vaca se tornará sua inimiga, assim como um ativista vegetariano e também eu).
Dane-se o mundo. Vire as costas para os necessitados de um pão ou simplesmente um abraço. E por fim, esqueça de que é mortal. Uma hora a casa cai e buscaremos outras farmácias psicossomáticas. Nunca o processo de se humanizar!
Ser dói, dá trabalho e não é para qualquer um. Por isso, permaneça quem está sendo e não se preocupe com o tempo, esse que só tem nos comido e não agradece depois de satisfeito.


Parágrafo Único: Ser gente é para ontem, não para depois de amanhã. Portanto, go people. É hora de sairmos do casulo e viver.

2 comentários:

Milena disse...

Adorei seu blog! muito bonito o visual tambem^^

Gustavo disse...

Gosto da maneira que coloca que ser gente dói. Você entende mais que muitos a forma de dizer certas coisas. Por isso te admiro e mais, pois está num processa incrível de se tornar pessoa.

Bom o post!