6 de março de 2011

Qual é o Valor da sua Felicidade?

Observando a forma padrão de se viver bem hoje, pra nossa sociedade a palavra bem "associa-se" a prazer, dinheiro, tempo. Então é fácil concluir que uma grande porcentagem dos brasileiros são infelizes.
Precisa-se trabalhar, onde não sobra tempo pra muita coisa, o esforço do trabalho nem sempre contribui em pagar as contas e sobrar dinheiro para o prazer.
Com essa forma de viver somos conduzidos em buscar incansavelmente pela felicidade. Se o carro não está mais no auge da moda, é necessário adquirir um melhor; o casamento é um contrato, é eterno enquanto dure, não é a duração da vida, mas do prazer; se não se consegue resolver os problemas, o álcool, a droga, talvez a prostituição proporcionem o esquecimento, pelo menos por algum momento.
Só que na verdade o que as pessoas menos imaginam é que essa busca da felicidade em lugares tão longe se encontra tão perto, dentro de cada um. Ela não exige status, somente o encontro consigo mesmo, e o encontro com alguém que faça o coração bater mais forte é só a própria felicidade somada à do outro. Aí sim pode-se dizer que é feliz, a não ser que queira passar a vida toda como uma incógnita.
[...] Não tenho tempo algum, ser feliz me consome! (Adélia Prado)
Assim talvez, tivéssemos que parar no tempo e refletir os nossos verdadeiros valores. Onde estamos colocando as vírgulas e os ponto-finais de cada etapa de nossa vida. A humanidade precisa compreender que nem tudo é como planejamos, pois estamos submetidos a pressão do tempo e do espaço, esses que por sua vez, não pode ser corrompido pelas nossas inseguranças. Por isso a importância de aderirmos aos poucos, o formato que a vida tem.
Claro, os prazeres que alguns instantes ou algumas coisas nos proporcionam, são essenciais para a construção do nosso ego, e isso é muito importante. Mas temos que ter a consciência de que nada pressupõe a nossa capacidade de sermos livres de fato dos meios terrenos. Não digo em sentido moral da coisa, mas que se soltos pelo mundo, sem nada nos prendendo, poderíamos mudar o mundo, pelo menos o nosso e dos que estão ao nosso lado. Mas decidimos nos privar pelo mais fácil e mais gostoso. Com isso, nos tornamos seres que não superamos a nós mesmo e isso é o cúmulo do absurdo da vida humana.
O homem que não superar-se a si mesmo não é digno de ser chamado homem. Cada passo nosso, submete-se apenas a um lugar: ao monte das escolhas. E de lá, saíram pessoas do mundo, pára o mundo.

Que essas palavras, unidas sejam o essencial para a superação de nossa geração.


Mafiado com Nãna.

2 comentários:

Daniel Alabarce disse...

E aí, caio! blz?

Eu, particularmente, acredito que não exista felicidade, não esta estável e fixa que todos dizem existir. Ainda considero esta palavra um conceito bem vazio e, que, por ser vazio pode ser preenchido com quaisquer significados (dinheiro, trabalho e sujeição ao Estado pode ser alguns dos;).

Acredito que o prazer é algo que se pode experimentar algumas vezes, alguns mais outros menos... Tudo depende de como se encara a vida.

De fato, a vida (a natureza, o contexto existencial humano etc) é uma luta constante que os seres vivos devem combater todo o tempo. Não é fácil. Mas se uma pessoa consegue encontrar prazer onde só existe dor, e enxergar no sofrimento um meio de se superar, como você mesmo disse, então ela é capaz de ter momentos maravilhosos de alegria.

Felicidade tem muito a ver com um prazer contínuo, uma satisfação que se dá a todo tempo para uma pessoa bem sucedida o tempo todo... Não acho que isso seja muito real.

(é o mesmo que penso sobre a Verdade. Não acredito que exista uma Verdade, mas que exista o verdadeiro. A Verdade seria aquela incontestável, imutável, sólida feito pedra. Essa Verdade só existe na mente dos fanáticos religiosos. Que vê o mundo sem véus, de olhos bem abertos, enxerga apenas o transitório, a mudança, o movimento e o devir do que é verdadeiro. O verdadeiro pode ser agora e não ser mais amanhã, pode ser válido num contexto e não noutro... enfim)

Mas momentos de alegria são possíveis, aliás, os momentos de alegria podem acontecer com tanta frequência quanto uma pessoa quiser, basta modificar o "jeitinho" de se olhar para o mundo! A realidade é uma questão de percepção e perspectiva.

E a memória é capaz de tornar um momento presente melhor ainda quando traz à tona os momentos de alegria que já experimentamos!

Gustavo disse...

Felicidade está nos momentos. Ela não existe por completo. Engana-se quem diz ser a pessoa mais feliz do mundo. É um estado de contentamento.
Te adoro! Seus posts tem tido uma evolução significativa!
Parabéns!