A gente pode até mudar a linha, mas ainda assim, quem escreve nossa própria historia não são aqueles a quem depositamos em amores, namoros, amizades, familiaridades. É àquela hora da vida que ou assumimos nossas atitudes perante as coisas que temos e estamos vivendo ou simplesmente vamos continuar a mesma ‘merda’ que hora ou outra a gente julga estar vivendo. É mais fácil jogar sobre os outros os nossos fracassos do que assumir que ainda assim, somos piores do que imaginávamos que fossemos.
Ainda existem aqueles que buscam de forma errada a felicidade. Num mundo de aparências, onde não há certo e errado, a gente vai se julgando experto e super do bem, mas entra na vida dos outros com uma intenção, mas que na verdade, age de outra forma. Interpõe condições esdrúxulas, quando na verdade, a outra parte ainda vivia o marasmo. Temos esse grande defeito de achar que estamos sempre agindo de maneira certa na vida das pessoas, mas na verdade estamos servindo de “pedra para os tropeços” alheios. Não conseguimos identificar que estamos agindo de maneira maquiavélica quando “roubamos” a subjetividade dos outros. A gente chega e se instala e ainda se alimenta do que as pessoas têm para nos oferecer e com desculpa de ser humano, demasiando humano, a gente vai roubando aos poucos, a capacidade de sorrir, chorar, confiar e sonhar dos outros. Não assumimos a culpa e o problema são sempre os outros.
Quando é que a gente vai começar a cuidar, amar, adorar, gostar de quem cuida da gente, nos ama, adora e gosta muito, mas muito mesmo? Quando é que vamos deixar de lado, pelo menos uma vez na vida esse orgulho idiota e pegar o telefone e dizer: vamos conversar, eu te amo - isso para todos aqueles que julgamos importantes em nossa vida. Quando é que seremos homens e mulheres de verdade e encarar a vida como ela é e assim conseguir se aproximar do outro e ser com o outro? Sem aquele jogo sujo de quem manda mais... Quando é que você (eu) vai ser homem para deixar os outros de lado e viver as coisas bonitas que viveu/vive/viverá com um certo alguém? Tudo é uma questão de se permitir...
Quando vai quebrar o gelo? Romper o silêncio? Quando é que vai fazer de fato o(a) outro(a) pessoa de fato feliz e assim ser feliz também? Felicidade é matéria bruta, é diamante grosseiro que precisa ser lapidado, dia a dia. Quando é que você (eu) vai ser homem/mulher suficiente para ser homem/mulher o suficiente?
E quando é que vamos deixar feliz aquilo/aquele que nos deixa triste? Não é fraqueza abandonar o barco quando já não há mais tanto sentido para se manter ali. Isso se chama: vou cuidar da minha vida, ponto final. Mas a gente ainda gosta de um drama e de fazer mal a tudo. ‘Curtimos’ desgraçar a vida deles, roubando-lhes os sorrisos e até mesmos os choros por simples orgulho e vaidade. Ah! Isso não é justo, nem com eles e menos ainda com você, que se torna um ser bossal e muito, mas muito idiota! Felicidade não vem armada; não fere; não faz o outro sofrer e não nos faz lagrimejar... Felicidade é querer e correr atrás e não ficar supondo coisas... Estaríamos pronto ao desapego e a versatilidade das incertezas? Acredito que nem tanto, mas, deixa partir o que não te faz tão bem, quem sabe assim, uma pontinha de felicidade venha a invadir essas lacunas negras que foram criadas por um você, ele e nós... Apenas, deixe partir...
"Cuidado com o que você finge ser, pois você é o que finge ser." (Kurt Cobain)
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