31 de agosto de 2012

Dessa vez Deus não salvou a Rainha

Eu queria poder tido tempo, de olhar para a cara dele, do Sid e dizer: olha aqui, eu existo, eu persisto, vim correndo até aqui e preciso de um pouco de atenção, não os olhares de todos, mas o seu olhar, mas você parece fingir que não vê, então recordo-me do espelho, que sua paixão por si mesmo é tão grande e me estacione, colocom-me diante aquele espelho retangular que mantem solto no chão, estou meio abaixado e irei me despertar no momento que você começar a se enxergar, se conhecer, afinal de contas estamos naquela da fase que só enxergamos o que queremos e isso basta, mas me infiltrarei e de um jeito ou de outro, farei com que me veja, que se reflita a sua fígura egocentrica um pouco mais em cima de mim.

Mas tenho um medo ainda, e penso em voltar para trás e saltar de volta a janela por onde entrei, parece que você já criou a fantasmagoria de mim; pintou em sua mente louca uma fígura de mim, meio destorcida, culpa dos seus amigos que não vão com a minha cara; culpa do seu orgulho fodido; culpa sua e tão somente sua por ser assim, tão preguiçoso, por viver a custas da imagem e não do bom senso e da razão, um pouquinho de emoção que não vende em copos vagabundos e sujos.

Olhe pro espelho, não estarei lá, ou já estou, complexo demais, sei que me encontro confuso. Sid. Chamo seu nome. Sid, Sid, Sid... Repeto três vezes, como se fosse abrir o caminho mágico que nos separa, mas não há nada que nos separe a não ser o comodismo, a falta de coragem ou simplesmente toda a teoria caótica que criamos, um sobre o outro. Somos diferentes e nosso gosto por uma Vodca e um Uísque são nossas únicas semelhanças, portanto, não exija o que não pode dar, não invente o que não possa fazer, ou se aproxima de vez ou vá, suma, corra para o precípicio e se jogue de lá, morra de uma vez para meus sentimentos, mas não me engane e não engane a si mesmo.

Sid! Seu nome produz eco dentro da minha cabeça. Percebi você parado numa esquina, era uma sexta-feira, quase sábado, tipo madrugada. Não me apaixonei, pois o rock me tirava a atenção e eu bêbado só podia ouvir um tal de Johnny gritando a um Deus para que salvasse a rainha...

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