25 de agosto de 2012

Ser Escritor

Um livro não nasce da noite para o dia. É como uma criança, tem o tempo certo para as coisas: tem o sexo, o encontro dos gametas, fertilização e daí sim a criação da nova criatura. Escrever é fácil, fazer um livro é outra coisa, não é do dia para a noite, não se decide de uma hora para a outra. Com esse tempo onde todo mundo pode expor os seus pensamentos de forma que a liberdade de expressão defenda, corre-se o risco de todos acaharem-se capazes de escrever e publicar. Nada contra extrair todo um blog, mas também nada contra sair lançando qualquer pérola porque um dia desses disseram que eu deveria escrever um livro. Todo mundo se acha escritor por manter um blog ativo, eu também penso que sou um escritor. Pura ilusão, mas sei também que é uma coisa que eu faço todo dia, a qualquer momento, não paro e até mesmo quando vem o bloqueio criativo, eu me permito a rabiscar outras coisas, revisito os velhos e novos livros em busca de inspiração, pois escrever é arte manifesta diariamente. Não podemos dar ao luxo de que hoje eu quero escrever e no outro dia não. Pode ser que um dia desses acordemos com um texto pronto, legal, mas pode acontecer que mais pra frente ao levantarmos da cama, tenhamos apenas uma frase para escrever naquele dia, ótimo. Escrever é ofício, é café da manhã, é banho, é coisa diária e não pode chegar e por meia duzia de poesias escritas achar que essas devam estreiar alguma antologia. Claro, tudo isso é a opinião de alguém que cansado de ouvir certas bobeiras, acorda um dia com um tema na cabeça, mas recorre a outro um pouco mais importante. Pode não ter importancia para a sociedade em si, mas para ele sim. Ser escritor ou apenas um escrevedor de coisas alheias? Deve-se tomar cuidado, pois tem gente que não nasceu para ser lido nos papiros, devendo permanecer onde sempre esteve: na internet. Mais uma vez repito, é uma opinião particular, apenas...

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