7 de setembro de 2011

Verde é a cor da minha falta de lucidez

"Alguma coisa naquele sonho me fazia acreditar que podia um dia ser verdade. Mas era sonho e eu não dava muita atenção para eles. Mergulhei nos olhos verdes de um estranho que nem ao menos notava a minha presença. Que fazia, sem objetivar, que eu corresse sempre ao seu encontro, mas que nunca fosse capaz de enfim me pegar pelas mãos e dizer: sou seu. Talvez, eu não tivesse que dar tanta atenção assim ao que passou por minha cabeça enquanto dormia, mas podia ser que minha imaginação estava respondendo ao coração que valesse a pena tentar, mas eu em minha razão já não queria mais me entregar ao que mais parecia uma paixonite. Eu via graça em seus olhos verdes, sua boca grossa e seu jeito menino de ser. Mas eu sempre era deixado de lado. Pode-se dizer escanteio por simplesmente não me parecer com nenhum príncipe encantado. Aliás, a beleza não me garantiu com a sua sorte e eu me apaixonei pela pessoa errada e ela, talvez sabendo disso, preferiu brincar com o meu fracassado coração. Deixando-me a beira da loucura. Precipício da alma, assim denomino os instantes de falta de lucidez toda vez que fico imaginando o respirar daquele moço que nem ao menos sabe que respiro por ele."

9 comentários:

Raquel disse...

Seu blog é muito interessante. Parabéns pelos textos e bom gosto na escrita.
Abraço
raqueltemblog.blogspot.com

Neila Grenzel disse...

Texto bem escrito e intenso, da de se ver o sentimento nele. Parabéns!
http://ideiasdesbloqueadas.blogspot.com/

Patricia Busato disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Tsu disse...

Gostei da forma como vc escreve....tanto é que te sigo! =)
se puder me segue também!

http://www.empadinhafrita.blogspot.com

Anônimo disse...

Amo a forma que você escreve, e amei o texto.. Bom de ler.
http://lollyoliver.wordpress.com/2011/08/26/831/

Victor disse...

O texto é muito emotivo e bem escrito. Com certeza foi feito com o coração.

http://dinheirodemetal.blogspot.com

Matheus Salvino disse...

"Mergulhei nos olhos verdes de um estranho que nem ao menos notava a minha presença."

Ah Esses mergulhos todos. Lembrei-me de uns escritos:
"Perdi-me muitas vezes pelo mar
Com o ouvido cheio de flores recem-cortadas
Com a língua, cheia de amor e de agonia
Muitas vezes me perdi pelo mar
Como me perco no coração de alguns meninos"
Piazzoleando de Federico García Lorca.

Embora as vezes dor, outras angustia, como é bom mergulhar...

http://molduraseretratos.blogspot.com/

www.mundodse.com disse...

Grandes palavras... =]

Paula disse...

Que desilusão amorosa.
Muito bom o texto.