4 de outubro de 2011

Dos encontros, despedidas e adeuses

Eu poderia passar minutos, horas, dias e semanas me torturando. Mas nunca fui adepto das choramingas de leite derramado. Se o caldo entornou, aprendi a seguir em frente, mesmo que doído e apertado o coração.

Tudo, claro, foi questão de vivência. Não sou um ser humano perfeito que entende bem das coisas da vida. Nunca me dei bem com as situações tais como elas são. Todo e qualquer momento, antes e agora, é sempre do mesmo jeito. Pode ser que mude apenas de nome e situação, mas das coisas do tempo, ainda sou um iniciante. Temo as novidades, mas não paro diante delas, também não abraço assim tão rapidamente.

Entendo os encontros, como princípios... Começo de uma longa história, verdadeiras aventuras e futuras decepções ou não. São nos recomeços que a vida se torna realeza e entre trancos e barrancos, a gente vai caminhando e como diria a canção: caminhando e cantando... Dos encontros, tiramos o presente. Quisera estarmos sempre tão dispostos ao que é novo. Pode ser que não seja infinito enquanto dure, mas que dure exatamente o tempo que seja necessário para aprendermos melhor a sermos humanos com coração de carne.

Vai doer sempre e nossos olhos caírão em lágrimas. Parece o fim, mas de fato não se é. Nas despedidas, encerramos um ato. Pode ser até uma cena ou uma história. Na despedida, desprendemos de nós, aquilo que, se um dia pertenceu, já não pertence mais. É que nem o amigo que se vai; o amor que se acaba uma vida que chega ao fim.

É caro ser humano. Somos tão mortais que passamos por essas duas fases da vida: dos encontros e das despedidas. E tudo, penso que tudo isso, quando bem somado, subtraído, multiplicado e divido, resulta em um adeus. Se tivéssemos num tempo oportuno aprendido a matemática da vida, chegaríamos a um patamar de mestre de nossa vida. Deixaríamos de procurar fora tudo aquilo que está dentro da gente. De correr para longe quando o que realmente precisamos está a nossa frente. Saberíamos valorizar mais e querer menos. Amar a tudo que decidimos amar, incondicionalmente, não importando a hora do adeus.

De cada linha, um encontro. De nossas costuras, todas as despedidas. E de nossas colchas, retalhos de aprendizes adeuses. Transbordou? Limpe. Caiu, não deixe de pegar. Cada coisa posta em seu lugar significa grandes coisas colocadas em nosso altar.

16 comentários:

Fernanda disse...

Kleberson, assinzinho como você não sou muito fã dasmudanças logo de cara, mas, uma vez acontecidas, não sou de chorar muito o leite derramado, até porque me agride mais, o sofrimento é duplo. Na vida e no futiba, bola para frente. Beijocas e sucesso!

kinhO disse...

Muito bom começar o dia com um belo texto. Deus abençoe irmão. Grande abraço!

Marco disse...

texto muito bom!

http://rocknrollpost.blogspot.com/

Maíra Cintra disse...

Parabéns pelo blog!
Diferente, informativo, visual bonito!

Aline disse...

Belo jogo de palavras... Mudanças acontecem mesmo que a gente não queira, mas já pensou que graça teria se tudo fosse sempre igual?

Candy disse...

Muito bom esse texto, na verdade muito bom seu blog, há muito conteudo e pensamentos :D

Marcos Pereira disse...

ótimo texto, parabéns!

Klaus Seydel disse...

Belo texto, cara!
Esse exercício de reflexão é fundamental para todos. Nenhuma solidão ou luto é negativo quando trazem aprendizados.
Até mais!

Paulo Cesar Souza disse...

bom... bom... muito bom *-*
Gostei muito ^^ curti e curti Haha'

Aleatório disse...

muito bom cara gostei da sua maneira de pensar

Anônimo disse...

Pensamentos muito bons e claros. Adorei o blog,estou lendo tudo haha

Unknown disse...

Olha, o texto ficou ótimo!

http://www.garotasdizem.com/

Larissa Matos disse...

Muito bom o texto, você que escreveu?
Acho muito bom recomeçar, conhecer novas pessoas e coisas, que graça tem ser tudo sempre igual?
seguindo :)
http://seriesbooksmovies.blogspot.com

Josimar Junior disse...

cara bem profundo mesmo, confesso que fiquei com vontade de mostrar a meu professor de literatura!

Bafonique disse...

Bonitas palavras
=]

Priscila disse...

Belo Texto, Parabens