2 de novembro de 2011

Amor traído dói, mas vamos virar a página?


Entendo que ferida de amor coagula um sangue venéreo. A gente sempre sente aquela sensação de falta de chão. Rolam pias de lágrimas e tudo isso nos convém. Ninguém tira de dentro de nós aquela raiva e nada consegue fazer com que pensamos em outra coisa, senão os “serás” da vida.

Será que ele beija melhor que eu? Será que ele tem um sexo melhor que o meu? Será que ele é mais bonito que eu? Será? Será? Será?

São questionamentos plausíveis de quem tanto amou e não foi correspondido, mas até quando segurar a mão da traição e fazer disso um fim difícil de engolir? Tudo bem. Dói e isso ninguém pode negar. Sei que palavras são apenas palavras para quem um dia descobriu na desilusão, toda a falta de amor oferecida por outro alguém. Mas podemos fazer disso a traição de nossas próprias razões? Será mero mortal que estás predestinado a choramingar lamuria se nessa hora o outro está levando a vida dele em frente?

Certo que eu não tenho nada a ver com a condição de corno de ninguém, mas mesmo assim, não posso deixar de lembrar que a nossa vida é passo em falso que segue em frente. Que viver um grande amor é gotícula de sangue e água que propusemos derramar a cada dia de nossa existência. Discordo do poeta que diz que amor é ferida que dói e não se sente. A gente devia escancarar nossos berros em AMOR É FERIDA QUE DÓ, SENTE E MATA-NOS AOS POUCOS, já que é mais fácil lamentar o que passou por toda uma eternidade.

Desde então cara pálida. Vamos levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima? Se indiretas fossem no mínimo suficientes de fazer com o que passou tornasse menos pesado, o mundo seria uma bolha de sabão. Hora de deixar as teias de palavras ofensivas por meras insignificâncias. Traiu? Quem perdeu não foi você. Mas também não foi o outro. Talvez o que possa nos despertar para um novo amanhecer, é encarar a realidade de que não se tem mais. Gosto de uma definição de Zygmunt Baumun na qual ele diz: “A definição romântica do amor como ‘até que a morte nos separe’ está decididamente “fora de moda’. Continua em seu AMOR LÍQUIDO a falar com as palavras que “Uma cultura consumista como a nossa favorece o produto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados’. Disso, tomo nota e concluo que: tornamos-nos objetos do outro a partir do momento que não encaramos o fim, como o inicio de uma nova história. Se nos permitimos mendigar por afetos falidos, atestamos e damos a permissão de sermos encarados como meros objetos de uso descartáveis. Seres humanos que se humilham por um amor fracassado é bem isso e nada mais que um produto jogado no lixo, já que quando podia ter juntado os cacos, esperou que outros viessem e enfiassem entulhos adentro. A permissão é a gente que dá. De resto, é corno quem quer. Traição só nos dá título de cornidão, se chutamos o pau da barraca e nos humilhamos buscando explicações, onde simplesmente era para haver a um pouco mais que vergonha na cara e dizer adeus. O caldo entornou? Hora de limpar a mesa e trocar a toalha. Deixe os borrões que o próprio tempo apaga.

10 comentários:

Victor disse...

A vida deve seguir em frente. Se perdoar e decidir continuar a história, nada de relembrar o erro cometido.

Anderson J. Silva disse...

perdoar sim ou não? eis a questão!

é vida que segue!


comenta la:
http://errosxacertos.blogspot.com/

Juliana Cysne disse...

As pessoas tem que perdoar as coisas e dar um jeito de esquecer para poder seguir em frente.

Denisio Ramos disse...

perdoar e importante quando ha siceridade na humildade, mas não sejamos displicentes conosco trabalhar a felicidade é o verdadeiro oficio amor.

M.alves disse...

seguindo, segue ai também: www.inforblogba.tk

Unknown disse...

Essa virada de página é complicada e sempre deixa feridas. Se o amor era verdadeiro e intenso, tarefa bem difícil esta. Belo texto!
Inté...

#luiza disse...

poi eh.. eu nunca levei um chifer mas ja levei um pe na bunda e isso doi mt tbn...mas a coisa e tentar seguir em frente de uma forma ou de outra.

Blog UaiMeu! disse...

Eu acho que o amor próprio tem que vir acima de tudo. Vc tem que se amar primeiro para achar uma pessoa legal. E perdoar tbm, pq ai a pagina vira e vc nem se lembrará mais do que passou, o perdão cura e faz milagres.

abraços
Renata

Brasil Sem Preconceito disse...

Pois é... Já fui traída e perdoei, conclusão: fui traída de novo, e de novo... Mas chega uma hora que não dá mais. Hoje encontrei alguém que me faz feliz e não me trai (assim espero, rs) e me respeita. Acho que traição não tem jeito, na minha humilde opinião... Tem que terminar e seguir em frente. Não é que não tenha perdão, é que confiança é que nem papel amassado, como dizem, nunca será o mesmo de antes. O que vale é seguir em frente e não ficar se lamentando, porque um dia, mesmo que demore, vai surgir a pessoa... e temos que não ser idiotas o suficiente pra deixá-la passar. Parabéns pelas palavras. Bjs

Bog do Jajá disse...

traição nao se perdoa se retribui...kkk..

seguindo vc... me segue?

www.jaylsonbatysta.blogspot.com