19 de dezembro de 2011

Coração a “R”


Acredito, acima de tudo, em amizade que nasce sem pretensões, sem esperar nada em troca e que se pode confiar fielmente. Penso que as coisas nessa vida, vibram conforme nos colocamos, agimos e desejamos. Sabe de uma coisa? Antes de tudo, confiei em você, àquilo que perdi em muito a capacidade: a de confiar. E na moral, eu depositei, mesmo não sabendo quem de fato é um pouco de tudo aquilo que eu tenho de melhor. Podendo às vezes parecer que não sou fiel as coisas com a qual deparo, mas antes de qualquer objeção, eu acreditei que você poderia significar um pouco mais em minha vida.

Porém, nada em nossa vida é eterno, a não ser a certeza que cada um de nós traz dentro de nós mesmos. Não existe céu se não olharmos para cima e apenas nos defrontarmos com uma atmosfera, um dia azul, no outro cinza. Não há Deus se não formos humanos e não há Demônio se não tivermos a certeza de que estamos vivendo a nossa vida, independente dos erros e acertos e nessa terra, quero tudo, em abundância, mesmo correndo o risco de mais a frente, quebrar a cara, me arrepender.

E sobre os arrependimentos de minha vida, não lamento o leite derramado, sigo em frente. Muitas das coisas que fiz, eu deixei para trás e não quero mais cair-nos mesmos enganos, mas se isso vier acontecer, a culpa é toda minha e cabe a mim, julgar os atos falhos. Arrepender-se é um ato e de tudo que já fiz, me arrependo daquilo que envolveu pessoas. Algumas se foram e eu fiquei. Outras deram a oportunidade de recomeço e outras, simplesmente eu não sei como se foram. Se guardando o que fiz.

Queria apenas saber se toda culpa é minha. Se não tem parcela diante aquilo que talvez venha a julgar que sejam meus pesares. O que é meu, se não faz mal a ninguém, eu quero que seja dos outros também, mas aquilo que prejudica, peço sempre que me devolvam que você me dê de volta qualquer coisa que em suas considerações finais, serviram de sentença condenatória a mim.

Eu poderia ajoelhar e em vão pedir desculpas. Eu poderia sentar e chorar por tudo que fiz, mas seria inútil. Eu poderia tanto, mas de nada serviram se uma convicção me fizesseeu acreditar que não é necessário, que o que importa para nós está mais que em pedidos singelos de perdão, quando só precisamos compreender. Tudo bem que talvez tenha tomado suas decisões pelos pressupostos, que de tão corriqueiros, tornaram-se enfadonhos. Mas veja, bem mais que um simples ser humano mortal, eu via e ainda vejo um amigo, mesmo que separados por uma distância qualquer, alguém que eu podia quase que diariamente, em poucas palavras, sentir que a vida acontece, vale a pena e não custa muito. Porém, a liberdade que foi me dada, tornou-se motivo para que um dia alguém dissesse chega, basta, não quero mais. Deixou o outro, sem entender muito, mas ainda assim, acreditando que as coisas podem acontecer de maneira diferente, basta cada um colocar, expor o que o outro fez de ruim, para que um dia comum, servisse de um ponto final, numa história que ainda estava sendo escrita.

2 comentários:

Cayo Nauan Siqueira disse...

Muito bom, não só o post em si que é muito sincero em relação a sentimentos particulares mas o blog por inteiro é muito bom. parabéns.







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Robson Silva disse...

muito bom o blog seguindo
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