9 de janeiro de 2012

As coisas do meu tempo


Tem os que dizem que o tempo não passa e sobram os que relutam contra ele e vê que todo aquele tempo passou depressa, foi-se rápido demais, no entanto, eu estou passando calmamente pelas fases da vida. Não me interessa sentar no s relógios biológicos e nem viver em função de qualquer objeto pendurado na parede. Como a dor, que com o tempo passa. Como o amor, que tem o tempo pra curar. Como a morte, que dá o tempo para ressuscitar.

Cada ser humano está indo em direção a algum lugar, podemos por assim dizer, que estamos indo para “onde tenha sol”, como figura metafórica, estamos caminhando para um lugar no espaço físico e emocional, onde possamos encontrar conosco mesmo e onde ninguém pode entrar, sem a nossa permissão.

Seguimos o ritmo da vida e eu tenho seguido as coisas do meu tempo. Nada de querer viver a história do outro. Como ouvi esses dias, tenho que me preocupar em ajudar e não querer viver as vinte e quatro horas alheia. Tomando essa consciência, percebemos que podemos ser melhores, mais justos conosco e com as pessoas a nossa volta.

Resolvi experimentar o meu lado humano, não deixando de lado a vida que o mundo dia-a-dia vem cobrar de mim. Faço das minhas obrigações, apenas obrigação. Não coloco nela um subtítulo de minha história, pois simplesmente, aprendi a separar as coisas. É como dar ao tempo, aquilo que ele quer e a mim, o que mereço. Não paro, mas também não corro. Sou um caminhante, com destino logo ali à frente, sem pretensão de um futuro e utilizando o passado, para que eu possa crescer. Do presente? Minha única saída, em fazer tudo da melhor maneira possível e se eu errar, a vida tem seu tempo de fazer tudo mudar, claro, com a minha disposição e vontade. É como se tivéssemos todo o tempo do mundo, mas realmente enxergando que não é bem assim. Tempo, na medida certa, antídoto de nossa humanidade fracassada.

Aquela velha história de que não sou perfeito, assim, também não sou um fracasso. E se me olharem além do que eu mesmo possa ver, peço que se calem. Resolvi enxergar o que está a minha frente e não o que segue adiante ou por detrás. Estou assim como parece que enxergam, sem medo do que poderá acontecer, pois como benção do tempo, esse meu e não o dos outros, andei aprendendo que a vida é curta demais para só se ligar a esse “advérbio” como total inimigo. Quem aos poucos vai se encontrando, vai encontrando no tempo, espaço e todas as coisas invisíveis e insensíveis as reações humanos, porta aberta para novos aprendizados. Eis o “tempo, tempo, tempo, tempo...”

3 comentários:

Maíra Souza disse...

"Resolvi enxergar o que está a minha frente"
Isso! Essa é a chave.

Ficar perdido no que passou ou no que virá pode não nos garantir bons frutos.
Sei que o ano começou bem bizarro, com muitos estragos e tal. Mas sempre temos que ter esperança! Que 2012 seja ótimo e proveitoso pra você, pra mim. Pra todos!
=)

Alexandre Rodrigues disse...

A vida tem seu tempo determinado. Precisamos deixar apenas ela nos levar!!

Helen S. disse...

Gostei do video =DD