18 de janeiro de 2012

Só amanhã

Amanhã.
Talvez de manhã quem sabe?
Antes ou depois do café.
No chuveiro, no quarto, na sala.
Amanhã, pode ser na cozinha.
Depois do almoço, ou após o chá.
Pode ser ao bater a porta.
Indo ou vindo depois da atuação.
No trabalho, no meio dos livros.
Não hoje.
Nem depois de amanhã.
Digo e repito: só amanhã.
De manhã, de tarde ou de noite.
Eu vou, mas por enquanto quero estar.
Antecipar não me cabe.
Nem a Deus e nem a ninguém.
Pertence a ele, o amanhã somente o amanhã.
Vou mudar, viver, sonhar...
Amar, correr, sorrir.
Pode ser que eu me torture.
Caiam as lágrimas e sangrem os meus calos.
Sim: os calos da alma.
Mas não hoje.
Por favor, amanhã. Só amanhã.
Cada coisa há seu tempo.
Amanhã.
Juro que depois de hoje.
Agora quero ficar.
Entendeu?
Só amanhã.
Amanhã. Só...
Só amanhã!

Um comentário:

Kika disse...

Que lindo. Adorei a imagem da tattoo.

Eu seu Lar