10 de maio de 2012

Brochuras, um livro empoeirado

O que é mais difícil: escrever ou vender um livro? Será que o valor dado a obra de um artista está em sua aquisição ou apenas naquelas benditas palavras de "parabéns", "muito bom", "é isso aí"? Tenho questionado o que é fácil e difícil quando se escolheu escrever, para viver um pouco. Claro. Moramos num país onde pouco se lê, 'as obras são caras demais', porém, final de semana, não perco uma balada... 'Livro caro pra caramba', mas domingo vou fazer um almoço, churrasco lá em casa. Não sei se o valor se dá em palavras ou em ações. Talvez a obra seja meio marginal, mas sou eu, é meu e nisso queria apenas ser respeitada. Sou escritor de livro que não vende. Que o povo aplaude, mas não faz questão de ajudar, ou pensam que um escritor ganha muito e com um livro vendido já tá bom, ou não entendo a cabeça dessa gente... Tudo bem. Eu preciso começar a valorizar quem me valoriza. Dar sem esperar nada em troca é bom para outras coisas, mas as pessoas a nossa volta não conseguem perceber nada, nada... Enfim. Esse é mais um chororô, daqueles que me vem por perceber que as pessoas cobram, mas não ajudam. As pessoas julgam, mas não conseguem olhar por detrás do lençol que cobre todo o resto. Nunca quis escrever Best-Sellers, mas eu sempre quis que pelo menos aqueles a minha volta pudessem deixar um pouco de lado suas remotas opiniões e fizesse algo. A gente acha que tem todo o tempo do mundo, mas não tem. Enfim. Sou escritor de um livro que não vende, não sai, não nada... Povo faz mais pressão que panela e no final, não passa de feijão ralo! Coisas que ferem o coração e ninguém a sua volta dá atenção.

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