“Peguei-me pensando em possibilidades. Das minhas investidas bem sucedidas e nos fracassos. Estou pensando em pessoas que nunca vi o rosto real, mas o virtual nos aproxima, mas a tecnologia também tem o dom de nos afastar. É o bom e o ruim da vida. O nosso lado bem transbordando em nosso metódico estado mal do ser. A gente nunca sabe como vai terminar uma história. A sensação de página em branco dá certo medo, talvez pelo fato de tantos erros, de tantos riscos e rabiscos, mas ainda assim, a gente não pode deixar de viver. Parar não nos convém. O que importa é se colocar sempre a caminho, não importado as tempestades e os cais que iremos alcançar. Muitas vezes experimentamos o caos, mas ainda existe uma esperança que indica que mais a frente vem à calmaria. Talvez seja por isso que estou indo, caminhando. Não me atrevo ficar parado, sinto ânsia do deserto vivido de forma errada. A solidão deve vir acompanhada de aprendizado, pois se não conseguirmos retirar alguma coisa positiva, não vale a pena e é melhor encerrar aí, mais uma pauta; por os pontos finais, mas se for apenas um momento, daqueles que a gente sabe que é passageiro, restam-nos as reticências... O que importa, não são as páginas cheias, mas uma vida completa de coerências, discernimentos e algumas loucuras. Como diz a música: vamos nos permitir.”
Kleberson M.
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