Preste bem atenção, inicia-se o diálogo:
- Vamos comigo ao mundo da lua hoje?
- Não! Você sabe que eu não gosto!
- Claro; nada do que eu gosto tem algum valor para você.
- Não é bem assim, mas essas coisas de pés fora do chão eu não curto!
- E é para falar agora nas coisas que a gente não gosta mas atura pelo outro?
- Como assim?
- Deixa pra lá...
- Hum.
- Agora fala!
- Melhor não.
- Aff...
- Não gosto de... Mas aguento porque você gosta. Não sou muito chegado a... Tu gosta, daí eu vou me achegando. Coisas de mais que você liga e eu não ligaria caso você não importasse pra mim. Você dá valor... Pra mim não presta, mas eu engulo a frio porque tem um valor especial para você... E agora? Consegue ver o quando me anulei para poder te ver bem, feliz e se sentir um pouco mais valorizado?
- Hum.
- E agora? Vamos pra lua?
- Eu não gosto! Argh...
E o garçom retira da frente do sujeito, o cinzeiro onde por horas refletia a imagem dele. Talvez cansara de ver o bêbado conversando consigo mesmo, assuntos tão polêmicos.
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