27 de novembro de 2012

Mensagem em off

Estou aqui, parado a sua "janela de mensagem" e pensando em que escrever, como escrever e se de fato devo escrever. Talvez você desconsidere tudo que eu diga, talvez você não tome nota, talvez...

Acabei de ler "A contribuição ética da psicanálise para a sociedade atual", bem no meio de um dia que as turbulências afetivas invadiram meus espaços, as lacunas deixadas pela saudade daqueles que foram e não voltam mais; pelos amores desconstruídos, por minha forma de ser humano não satisfeito com a vida que tenho levado, tido, investido, conquistado. Pode ser que as palavras estejam confusas e as ideias embaralhadas, mas é como estou me sentindo. Desculpe-me pela invasão, mas pode parecer o que não é, não vim atrás de um tipo de consulta online, nem de qualquer coisa parecida, mas encontrei através do texto a possibilidade de expor um pouco aquilo que sinto a alguém que me seja estranho.

Tenho procurado dar sentido a algumas coisas de minha vida, mas e aí não acho resultados que me satisfaçam; sinto que estou me perdendo aos poucos e não sei mais por quanto tempo conseguirei suportar a dor, a angústia, a tempestade que existe dentro de mim.

Sabe aquela sensação de desanimo? Bem, ela tem me visitado todos os dias a algum tempo, acentuou-se agora, com o fim de um relacionamento de 1 ano e 7 meses e piora por eu estar me envolvendo com outra pessoa e parecer que estou conseguindo deixar essa pessoa mal. Não sei se coloquei alguém para substituir o outro, mas a ideia de solidão (ideia que eu sempre fui capaz de defender) me causa pavor, um medo.

Queria poder fazer terapia ou qualquer coisa do tipo, mas isso não está dentro dos orçamentos instaurados a minha real situação; queria poder falar, queria ter alguém que me escutasse e me ajudasse a não mais tapar os buracos com pedras que um dia se soltarão, mas não sei.

Encontro-me num abismo, alguma coisa em mim que não se desfaz. Uma benção não tomada da forma certa, uma praga revisitada, um axé não penetrado em minha alma. E agora José? O artista principal de minhas estreias parece não ter mais aquela vontade de brilhar e agora? Cadê a minha fé? Cadê minha vontade de superação (Nietzsche). Onde está a vontade de me manter firme nos propósitos? Enfim, onde está o eu?

Mais uma vez, desculpe-me pela invasão, mas eu precisava falar!

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