11 de novembro de 2012

O Vaticano em sua remada contra a decisão do povo

Como em toda a história da humanidade houveram aqueles que foram perseguidos, as pessoas que de algum modo chocavam a sociedade e eram excluídos, não foi diferente entre os negros e índios em nosso país; como com as mulheres em outros tantos, mas que com o tempo foram ganhando seu espaço na sociedade, com as pessoas com tendências homoafetivas não é diferente, já que cresce o número e já existem regulamentações para a defesa dos mesmos, é só uma questão de tempo e de inteligência por parte dos indivíduos a respeitar a forma de vida do outros, se preocupando mais com o próprio aprimoramento moral do que com a forma que sujeitos alheios decidiram viver.

O Vaticano descreve o casamento "convencional" de pessoas de sexo oposto como sendo "conquista da civilização", mas a pergunta a ser feita é: de que civilização está se falando? Aquela ultrapassada onde os direitos não eram garantidos as pessoas? De que quem fundamentou isso, fundamentou para um tempo histórico que por ventura modificou com o tempo as novas concepções de vida?

O padre Federico Lombardi em programa de rádio diz que com a conquista gay sobre o casamento nos países ocidentais vem "apagar o reconhecimento legal" do matrimonio. Falta os senhores do Vaticano encarar a realidade de que o ser humano agora se encontra mais preparado para encarar a sua verdadeira condição, pois por muito teve que se manter em casamentos de convenção para não chocar a sociedade que delimitava o que era certo e errado, que pregava o bem e o mal sem voltar as escolas filosóficas que deixam bem clara que existe subjetividade em tudo que se prega. A realidade é outra, os tempos são outros.

Ainda com essas afirmações manipuladoras da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, vem julgar como sendo míopes os votos dados nos EUA, atacando o “bem comum” individual.

Pelo que dá para perceber, a Igreja veta qualquer forma de entendimento. Prega o casamento entre homem e mulher como sendo algo que deve ser preservado, porém, até que ponto esse "casamento" promulgado tem validade, sendo que muito se sabe de pessoas infelizes em seus casamentos por terem renunciado o que realmente sente? Até quando os seres humanos terão que se alinhar a ideia absurda de um grupo limitado de argumentos e enfeitar uma casa, mantendo fora dali traições que é bem grande de homens casados que saem em aventuras com outros homens? Quantos são esses casamentos que a Igreja defende que faz tanto mal e levou a exemplo de nosso país a criar a Lei Maria da Penha pelos casos de agressão e abuso de mulheres?

Será que o Vaticano não consegue por um momento tomar conta dos fiéis que ele detém? O que acontece com os ataques a pessoas que já se decidiram, enquanto milhares de seminários por aí, milhares de jovens e adultos "pecam contra a castidade" com outros irmãos de fraternidade?

Igreja, hoje os indivíduos conseguiram mais que um direito, pensar por si próprio e desmitificar suas vontades. A mordaça do casamento "perfeito" ainda está posto sobre todos aqueles que julgam estarem corretos, mas o correto é dúbio  Ou tudo isso é algum tipo de medo sem fundamento do Deus que tanto pregam sendo misericordioso, mas que cai na contradição de que ele tem cóleras.

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