4 de novembro de 2011

Excessões de um amor sufocado

Excessões

“Disseram-me porém que as drogas que eu usava me levaria a morte; falam das cervejas e dos vinhos… Falavam ainda dos muitos cigarros que diariamente eu queimava como se queimasse um pouco das minhas frustrações… Tudo pode fazer mal. Tudo mesmo. Os excessos e também as faltas de excessão… Dai aprendi que viver também faz tanto mal que é só percebermos que no final de tudo, a gente morre…”

O amor

"É. O amor acontece assim, meio por acaso, ou não. Mas acontece sem querer. Não pede licença: chega, senta do nosso lado e faz da nossa arte, o altar dos encontros. Viver o amor, é para os fortes, pois ele nos tira de nós mesmo. Impõe sua passagem e se instala dentro de nosso peito e aos poucos, vai querendo sair, levando consigo, boa parte de nós, parar dar ao outro. O amor tem lá essas coisas: se pintar, agarre-o. Não se pode ter medo; não pode e não deve ser tímido. Tem que saber o que quer e ir a luta e desse jeito, vamos aprendendo a, meio que brincar com isso. Pois só se ama de verdade, aquele que como criança, ainda enxerga inocência no ato de amar."

Sufoco

“O que me trouxe até aqui foi a loucura da minha pequena imaginação. Pense comigo: a gente chora, ri, ama e tudo que há de bom e ruim acontece um dia. Vai acontecer de novo. E sabe que de novo? Então: digo que é loucura, digo que é insanidade, digo que isso tudo é humanidade. Não há ser-homem-desumano que nunca tenha passado por tudo isso. Se houve, não é ser-gente-humana. Ai. Dói tudo: os olhos de tantas lágrimas machucar. O coração de tanto amor para sufocar e tanta dor no dedo tentando uma morte que não vem. Daí a gente vai caminhando, seguindo e vivendo-a-morte-nossa-de-cada-dia.”

Abençoá

“Desejei. Pedi aos céus toda sorte de benção. Proferi as velhas orações. Ajoelhei. Fiz os gestos, sinais… Me amarrei, talvez… Oração liberta. Socorrei-me meu velho Pai Oxalá, que de velhice o senhor entende. Dê me a luz corriqueira dos seus olhos e protegei-me das ciladas-dos-inimigos (que são tantos sabe?). Guiai-me. Que os Pretos-Velhos me curem de mim mesmo. Que sua mãe, a Virgem Santíssima e Purinha da ‘silva’, me revele a alegria verdadeira de minha amada vidinha aqui debaixo dos céus. Mas que todos os seus anjos me mostrem o caminho certo que devo tomar, mesmo que seja o certo para mim… Saravá!”

3 comentários:

Ednaldo Souza disse...

Muito bom cara teu texto. Adorei o texto "O amor". Secesso no teu blog.
(se der visita o meu → http://minhavidacomoednaldo.blogspot.com/)
Abraços.

Anônimo disse...

Dessa vez gostei mais do "O amor"
Parabéns!

***
Patrícia Roberta - Colaboradora do Café de Fita

palavras ao vento disse...

gostei dos textos...e suas definições´para cada palavra....muito bom...