11 de novembro de 2011

Pra que sentido?


Lagrimar

“Daí deu uma vontade de chorar lá e vim embora. Não sei. Tô com uma dor no peito; um nó na garganta; uma vontade de sei lá o que… Acho que lagrimar…”

Liquefez

“Certo eu estava de estar me enjoando de tudo que vinha de você. Tudo que eu fazia era uma merda; tudo que eu falava era bobeira. Nada tinha valor. Nada tinha coerência. Eu tinha que abaixar a cabeça e assim, as lágrimas ia se liquefazendo por dentro de mim… Fui me perdendo nas suas verdades; nas suas concepções de bem, enquanto tudo que eu era, resultava na sua realidade de mal. Cansei, mandei que fosse a merda. Não é que tu foi? Foi porque se ausentou; foi porque dentro do meu coração você não haveria mais de morar…”

Ave-Cruz

“O frio anda queimando minha pele. Tremo, me arrepio, mas não ligo. Gosto do ar gelado que o mundo tem soprado. É menos tortura, menos mentira. Uma coisa deu um nó em minha garganta. Não sei o que é. Acordei estranho, com um pingo de lágrima ausente que não quis sair. Pensei coisas, situações… Li, reli, escrevi, revivi no imaginário as minhas desilusões e mesmo assim, a gota salgada permaneceu estagnada. Acho que são as letras engolidas ao invés de gritadas. Está doendo em um lugar que minha mãe não pode afagar e nem remédio pode curar. É do lado de dentro sabe? Parece que a fome existencial está chegando e tudo que produzi até agora não está sendo capaz de suprir minhas necessidades de gente-humana que tenho galgado a me transformar. Necessidades materiais e ausências afetivas. Desleixo espiritual e miséria (pseudo) intelectual. O mal está aí: ser interpretado de maneira escrota; achado entre as coisas sólidas que me afastam da inutilidade. Meu escapulário arrebentou. Pode não ser nada, mas ele arrebentou sabe? Não é legal – foi um presente – e ele se foi. Não vou consertar as relíquias, talvez seja à hora de mudar de santo PROTETOR. Deixar de repetir as mesmas orações e tomar a benção de novos poetas. Conciliar o que ainda resta de mim, as costuras dos sonhos que ainda restaram. Mas estou confuso, perdido, eloqüente. Necessito de uma paz nova. Daquelas contadas quando o fim é certo e não se verá mais a maldade impregnando as páginas. Cansei do início e lidar com os meios estão insuportáveis. Quero o fim. Sei lá! Talvez chegando ao fim, me apareça outra oportunidade para um novo recomeço. Quero amor, paz, luz, firmeza… Quero histórias novas, sentimentos novos. Positividade sabe? Preciso mais do que idéias pessimistas e menos que situações otimistas. Preciso de chão, de mão, de coração. Pele, gente, sonho. Ah! Eu só quero viver sabe? Saborear, experimentar, prosseguir e quando necessário, regredir. Existe diferenças; existem péssimos dias; nada é para sempre bonito. A única coisa bela é perdoar; quem ama perdoa; quem ama vai ao encontro…”

Agridoce

"Ele chegou a sua casa, acendeu a luz, jogou a mochila sobre o sofá, foi até a cozinha e abriu a geladeira. Olhou, procurava alguma coisa fácil para comer ou beber. Comeu um pedaço de queijo, fechou a geladeira. Sentou-se a mesa e pôs se a pensar: “A gente pode ter medo. Posso sentir arrepios diante das coisas que não me agradem. Tenho o direito de me sentir inútil”.

9 comentários:

Clarissa Vergara disse...

Olá!!

Muito lindo seu blog, escreves muito bem!!!!

Parabéns

http://clarissaeletras.blogspot.com/

kbritovb disse...

eita
cada um tem um sentido diferente msm
parabéns pelos textos

Maíra Cintra disse...

ma-ra-vi-lho-so!
Adorei Kleberson, vc escreve muito bem e ainda fala de mim, como pode?rs
Obrigada pelos seus comentários que eu adoro ler no meu blog! Obrigada mesmo!
Beijos e sucesso!

Nathi disse...

Ótimas observações....
querer o fim é natural, mas o fim das coisas tem um peso insustentável, acredite! =)

Nathi disse...

obs: vc escreve muito bem, eu curti muito seu blog.

Sabrina Villares disse...

Lagrimar - Esta é clássica acredito que todos já passou por esta experiência.

Sabrina Villares,

http://toplivrosdownload.blogspot.com

L. J. Y. disse...

bem, a partir do momento que a gente se sente inútil nada precisa ter sentido... sobre o que a nathi disse, o fim das coisas tende ao nada e no nada não há sentido ou quaisquer coisas que mortais possam descrever...

Blog UaiMeu! disse...

Interesse a foto e seu texto

Josimar Junior disse...

Cara muito bom, todos deveriam ler um pouco disso!