9 de dezembro de 2011

"Tenho motivos pra crer que ainda não é hora"


“E se já nem mesmo o teu corpo eu posso tocar, para que continuar me iludindo. Sou mais levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Sentirei falta da tua pele, que em toda noite quente ou fria, tocava meu corpo. Vou sobreviver, ou tentarei, pois o que restou foi um coração nauseado, descompassado. Espero o dia que tudo volte ao normal. Tenho sentido ciúmes do que já não tenho. Do seu corpo, dos seus pelos, da sua boca em minha nuca. Sentirei falta do seu jeito de me pegar forte, da forma como sempre me colocou em seu colo e do gozo quente que me oferecia aos pingos. Mas sabe de uma coisa? Ninguém perdeu. Ficou a experiência do que foi bom, pelo menos eu tenho tentado enxergar desse modo. Não sei de você. Quem sabe um dia pegue o seu telefone e me ligue pela madrugada. Pedindo ajuda, a beira de uma overdose. Sinto raiva até das drogas que penetram o seu corpo. Antes era eu dividindo espaço com elas, mas agora, eu fui, as drogas ficaram, meu coração se perdeu e eu só sei que foi bom. Tudo foi muito bom enquanto durou…”

...

“Veio me prometendo, loucuras eu topei. Um tremendo de um macho. Depois de um tapinha aqui e uma dose de Uísque, sei que meu corpo parecia querer despencar. Mas ele me segurou. Tentou colocar-me de pé, mas sem apoio eu não conseguiria permanecer. Então, segurando-me por um braço e arrumando o espaço bagunçado de minha cama, ele sentiu minhas mãos alisando suas pernas, subindo pela coxa e depois segurando firme aquilo que era um devaneio antigo. Claro que eu estava em busca de um prazer e ele se abriu em proporção ereta o membro que carregava no vão das pernas. Depois, colocou-me sentado ao seu lado, abriu o zíper e me fez encontrar o seu brinquedo humano com a boca. Sei que fiz o que queria fazer e ele gozou. Na boca despejou seu líquido quente. Senti a firmeza que aquilo fazia dentro da minha boca e antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, eu que estava fraco vi meu corpo ser empurrado com uma força bruta e ele arrebentou o zíper da minha calça, me deixou nu. Virou-me de costas e aquilo que parecia morto, ressuscitou dentro de mim, fiquei sem ar, doeu, mas ele dominou a situação, me enfiou o cabresto e sem muito o que fazer, passei a ter prazer naquilo. Ao final, senti sua porra invadindo o meu corpo, por dentro…”

...

Teu corpo palavra

Disseram para escrever
Que toda vez que o coração doesse
Eu escrevesse
Pois bem
Escrevo teu corpo
Poetizo as suas mãos
Leio os seus olhos
Rascunho nossas vontades
De um jeito ou de outro
Vai doer o corpo separado
Mas ao menos
Escrevendo-te
Encontro a maneira menos dolorida
De acabar com essa ilusão.

Kleberson M.

7 comentários:

Rodrigo Ferreira disse...

Poesia adoravél.

Parabéns pelo blog

http://rodrigobandasoficial.blogspot.com/

Nassor disse...

Tocante....


http://www.caixainclinada.blogspot.com/

Anex Santis disse...

Excitante fera mesmo com o toque poetico


desagrupador blog de quadrinhos e tirinhas ( tem a tirinha sobre um cara que vive no armario eesta se descobrindo)
http://desagrupador.com.br

Alexandre Rodrigues disse...

Muito bom o seu texto e todo o blog!! Parabéns!!

Deivid França disse...

esse coisas que mexem com o sentimento parece ser complicado, mais a visa sempre sabe o que faz...

adorei aqui

Gleyson Falavigna disse...

Bela poesia e o texto eh mt bom tbm!
parabens!
www.garrotebox.com

kbritovb disse...

eita
forte hein