18 de julho de 2012

O amor descortinado

E minha vida de morta-viva
Amei os homens como aprendi
Aos filósofos, arquetipei aquele estilo nietzscheano, de amor loucura...
Aos escritores, um amor romântico, visceral, de contos de fadas...
Aos músicos, melodia e ritmo, vez em quando um amor punk, amor grunge, amor de pedra!
Aprendi o amor de varias maneiras, mas me faltava algo, um tipo de amor.
Restou-me a aprender com os normais, sujeitos escrotos, o amor humano, o amor de carne, aquele que dói, desconstrói.
Um amor que entre lágrimas, a vida não costurou.
E tive que sorrateiramente, sentir e deixar partir.
Esse amor, demasiadamente amor, não tem receita e nem pó mágico.
Não tem versos, nem rimas e nem ponto final.
São nas reticências da loucura, do humano que existe dentro de mim, que tive que aprender o outro humano que há dentro dos tis, vocês, enfim, nós...
E por falar em nós.
O amor é um nó cego, sem ponta, difícil de desenrolar.
Não é mágico, simplesmente o amor é ilusionismo.
O que tendes por dentro, é o que falta, é o que não vem, é o que sempre se coloca a ponto de partida.
Partidas são recomeços, são tropeços e todo o resto.
Diziam: o amor não existe.
Digo porém que o amor existe mesmo quando cisma em não existir e ele arranha, sangra, fere os amados, amantes... Amor amador.
O amor é linha tênue, mas é o avesso do avesso.
É porta aberta a maldição, mas ainda há esperança, que todo maldizer, torne se benção, de um irremediável amor, sem fim, sem voltas, sem idas e vindas, apenas amor, amor, amor, calor, amor... Dor!

Kleberson Marcondes

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