2 de agosto de 2012

Confessionário

O mundo, as coisas lá fora é uma paranóia delirirante e salve-se quem puder e quiser, pois nem sempre é bom ser salvo, as vezes é bom o manifesto, nos retira da zona franca da existência, nos dá um bom chute nos traseiros e nos faz sentir a humanidade, que graças a nossa demasiada preguiça do ser, vamos deixando para depois, o que já era para ter sido feito. Estamos nos arrastando, quando a vida já nos colocou de pé várias vezes. Estamos querendo ser útil, quando a inutilidade é o unico ponto de partida que nos faz acordar para a vida!

Acontece que em nossas vidas, de vez em quando, surgem 'mendingos' justamente para nos tornar a própria escória da humanidade. Falamos de humildade, mas não somos. Insinuamos o amor, porém permanecemos amando o que nos traz certo lucro. Julgamos a moeda que nos julga. Somos eternos anarquistas e quem diz que não é, não sabe o que está perdendo, já que a vida é um manifesto, é um jogo, é uma ilusão.

Ainda temos espaço para a bossalidade, seres humanos. Mas o melhor de tudo é que ainda temos espaço na agenda da vida: ser humano. O problema não está na 'encheção de crenças' ao qual todos os dias somos submetidos, mas sim, no 'esvaziar da individualidade'. Tem quem julga que a humanidade é uma simples cópia, mas não é, mesmo que vivamos assim, mas não é: cada um é cada um...

O que nos separa, nos delimita em espaços, são tetos de vidros, paredes subjetivas e um soco, um murro utópico. É preciso força, foco e fé. Em quem? Na primeira pessoa do singular, o resto é acréscimo!

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