22 de fevereiro de 2013

Me procuro

Às vezes me perco no mundo. Perco-me e tento me achar (e quem souber onde estou, devolva-me), quero saber o caminho que estou seguindo, para onde estou indo. Ai, percebo que me perto eh do lado de dentro (de mim). Estou perdido e penso (somente) que podem me salvar, mas se eu não quero me socorrer, quem poderá então?

Sinceramente, me perco no meio do caos (que eu sou). Um monte de coisas mal resolvidas, sonhos insolúveis e sentimentos para dar. Não me passa pela cabeça em vender aquilo que em mim sobra e eh bom (pelo menos julgo que sejam sentimentos bons). Tenho amor pra dar, carinho para oferecer, sinceridades para doar. Será que eh crime eu me amar um pouco também? Será que existe pecado em querer me dar carinho? E é errado ser um pouco mais sincero comigo mesmo? Alias será que constitui crime, pecado e erro também esperar que alguém me ofereça um ombro amigo pra poder desabar? Um colo pra poder repousar a cabeça e um cafune depois de qualquer desespero?

É, estou perdido dentro e fora de mim. E talvez eu não queira me reencontrar, mas abro uma brecha para alguém me achar por mim. Sim! Às vezes sinto a carência bater a minha porta: a um ponto negativo e se sentir assim, meio carente?

De fato, preciso de abraços e sorrisos sinceros; colos e cafunes profundos; amores e mais amores verdadeiros. Será que é pedir demais que alguém venha sem avisar, me salve sem eu pedir, me encontre sem que eu saia distribuindo por ai, cartazes de que me procuro (vivo ou morto) e ofereço recompensa? Será que é tão ruim assim, deixar-me encontrar?

Mas, compreendam a sinceridade que está em me perder e deixar-me ser encontrado: que não seja deixado de lado quando depois de tiverem me achado, num lugar qualquer a enfeitar uma estante qualquer.

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