1 de março de 2013

é que estou em divida comigo mesmo; com meus sorrisos e choros, meus sonhos e meus maiores pesadelos. uma divida que não se paga assim, em prestação e me, com juros. é como se eu devesse para a minha vida, não é muita coisa assim, mas também não posso conferir-me trocadinhos. são portas demasiadas abertas a minha frente e eu cismando em observar apenas as que foram fechadas - mas é que toda porta aberta, requer um pouco de cautela para atravessar. sério, preciso dar conta do que eu sou, saber que tenho o direito e devo sorrir mais, porém, se vierem as lágrimas, saber que posso chorar, tendo ombro ou não, é um direito meu chorar baixinho e bem escondido. chorar dentro do quarto enquanto escuto uma música bem alta; chorar no banheiro enquanto tomo um banho; chorar andando por aí com óculos escuro e fingir que estou resfriado - eu choro dessas maneiras e quase ninguém vê e se eu permito que vejam, é porque eu confio um pouco mais. só não quero mais sentir que estou pedindo esmolas, que estou carente de atenção, que preciso fazer drama para ser notado - aliás, preciso aprender a não esperar nada dos outros. aliás, ando tão dramático que se contado numa novela, ninguém acreditaria e é isso. sinceramente, as coisas não andam fáceis (pra ninguém, vão dizer) e mesmo sabendo que assim é mais gostoso, eu não ando assim tão satisfeito. não é nada pessoal, nada contra, nada externo. é dentro de mim que alguma coisa me incomoda a tal ponto que eu me pergunto toda manhã: vale mesmo a pena? por que é tão difícil manter o equilíbrio e não perder as estribeiras? por que é complicado sorrir quando mais o que quero é chorar? o que me motiva a continuar? a levantar todos os dias e ainda conseguir sorrir um pouco, ser um pouco positivo? será que vivo a dualidade das emoções? minha inconstância está me matando aos poucos; parece que nada dá certo (e não dá mesmo). não me custa nada perceber que as coisas estão paradas e mortas; as minhas, as suas, as de todo mundo. não tenho mais essa fé toda, nem esperança, nem confiança e nem nada. sinto que estou no meio de um caos e não saio, não tenho para onde ir. estou numa areia movediça - quanto mais me mexo para sair, mais me afundo.

3 comentários:

Vanessa Santos disse...

As vezes a saída esta no fundo! A queda é o levantar!
http://mardeletras2010.blogspot.com.br/

Vanessa Santos disse...

As vezes a saída esta no fundo! A queda é o levantar!
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Vanessa Santos disse...

As vezes a saída esta no fundo! A queda é o levantar!
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