24 de agosto de 2013

Confissão de um dia comum

Confesso que não gosto da sensação de vazio, assim como não curto a ideia de que cada um cuida de sim, ou melhor, que eu tenho que cuidar de mim sozinho. Não aprovo isso pelo simples fato de que não nasci para ser apenas mais um na família; não gosto porque não solidifiquei, mesmo com todas as diferenças do mundo, os amigos e amizades que tenho; não curto porque não me envolvo e namoro só pra aumentar a estatística das redes sociais de um "relacionamento sério". Pois é. Não criei em mim, apenas amizades para os momentos de lazeres e eu não estou aí só para servir de válvula de escapa para o sadomasoquismo de pessoas egocêntricas; não namoro apenas para satisfazer prazer sexual, para amar só na cama. Namoro porque amo e se amo, quero em todos os momentos, afinal, se não é pra isso, por que namorar? Pra que ficar com aquela sensação de saudade? Não nasci em meio a uma família cheia de defeitos para ser considerado só mais um e sofrer de um tipo de carência escrota que a todo momento me faz querer sumir, sair sem rumo. Se criei amigos ao longo desse tempo de vida, é porque necessito de olhos que me vejam e bocas que não me julguem; se namoro é porque necessito da companhia de todas as horas que vai me salvar do tédio e da melancolia que se tem enquanto respira e anda pela terra. Se ainda tenho que permanecer dentro de um casa familiar é porque preciso de um certo respeito, as minhas coisas, aos meus silêncios, as minhas nostalgias, aos meus sonhos e não que simplesmente me sufoquem. Acho que é isso! Se fosse para não ter nada, eu não tinha, mas tenho amigos e quero que eles sejam isso, amigos; tenho namorado e só quero que ele seja namorado, amante a moda antiga, mas sem aquele clichê que esses antigos acham sobre o amor; e se ainda estou inserido numa visão familiar, eu quero que percebam isso: que cresci, que mudei, que tenho minhas escolhas e vontades e que isso não seja atestado de que não preciso mais de atenção. Eu só cresci, mas permanece sendo aquela criança chorona que sofre por tudo calado. Fim!

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