11 de setembro de 2013

Sei lá

Eu não sei. Não sei como vai ser daqui em diante. Não sei como vou ficar. Por enquanto estou péssimo, sentindo falta, achando que é brincadeira e que vai passar, mas sei também que não é brincadeira e que não vai passar. Não sei onde irei encontrar a força para conseguir esquecer. Bem, eu não quero esquecer. Não posso esquecer. Não devo esquecer pelo fato de que não posso querer tirar de dentro de mim o que eu sinto. Ninguém pode tirar de si mesmo aquilo que te faz bem e te dá forças para seguir em frente. E você me fez bem, você me deu forças para chegar até aqui, só que como será daqui em diante? Onde encontrarei motivação para não pensar mais no que passou? De onde surgirá aquela esperança, se a maior esperança simplesmente não me cabe mais? Dói. Dói em mim. Dói dentro de mim. No peito. No coração. Surge um sufocamento inesperado a todo instante e o sufoco não passa e parece que vou morrer, mas não morro, apenas fico me dilacerando. Me definho a cada minuto por tudo que não pude ser. Por tudo que não permiti que fosse. Uma lágrima surge depois de outra lágrima e isso me corta, me arranha a garganta e me faz paralisar. Hoje não cumpri os ritos mais chatos da minha vida. Por quê? Porque faltou uma parte, uma palavra, alguma coisa que me fizesse sentir que mesmo de longe alguém cuidava de mim e se preocupava. Hoje doeu mais que ontem e sei que vai doer menos que amanhã. Sei que cada minuto que passa é o pior tempo de todos os tempos. Todos podem dizer que isso uma hora vai passar, mas eu não quero que passe. Só quero a certeza de que... De nada. Não existem mais certezas, apenas incertezas. Coisas frias. Corações duros. E eu ficarei aqui, talvez para sempre ou talvez por pouco tempo, mas ficarei, porque a lembrança que trago no peito, vai além de qualquer palavra torta ou de qualquer merda feita, porque o que sinto, é maior que tudo e por isso me move a correr atrás, mesmo que seja ignorado, mesmo que seja sutilmente abandonado a vista de um olhar que não quer mais me ver!

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