31 de outubro de 2012

É bom voar

Hoje me arrisquei um pouco demais, falei bobagem, mas sou assim mesmo: sem papas na língua. Talvez a ofensa doa, machuca e é necessária. Não há problema nos palavrões, não há problema em machucar quem diz que nos ama, não há problema em nada, mentira: claro que existem problemas quando se diz respeito a forma que se é tratada as coisas. Tenho andado meio desanimado, a tala ponto que as vezes parece que tudo que tenho vivido é loucura. Eu não tenho medo de ir um pouco mais além, o que me sufoca e talvez me faça perder as estribeiras, é me sentir preso a alguma coisa que já não faz mais tanto sentido. Tudo tem parecido sem graça, monótono e um tremendo jogo de egocentrismo, onde eu tenho me preocupado mais comigo e todo o resto a sua volta, também tem se preocupado mais consigo mesmo. As vezes quero escancarar as portas e sair correndo, mas penso e lembro que não tenho para onde ir. Não me falta vontade de saltar da janela, daí eu lembro que não tenho asas, primeiro que não sou borboleta e outra, que o casulo é outra coisa. O chão que tenho experimentado tocar é meio vazio, é tosco, é grosseiro. Queria poder estar mais acima, mais perto do céu. Talvez eu venha sonhando demais, o bom que isso me salva um pouco de mim e da realidade, de mim e das pessoas, de mim apenas. Nada dura para sempre, é cruel essa realidade, mas se deve encarar de frente. Aproveitar cada instante e eu juro que tentei demais, mas só me magoei, só me machuquei e no final, me senti sozinho. Ainda me sinto sozinho, o pior é quando me senti perdido entre a multidão que me cerca. As vezes não quero as coisas simples; quero mais. Sinto a necessidade de a cada instante querer uma coisa diferente e mais tarde querer aquilo que deixei passar. Sou inconstante e talvez seja esse o fato em minha vida que não me deixa sucumbir, ser o mesmo. Se antes eu me sentia ofendido com tal afirmação, hoje não mais e agradeço a minha capacidade de ser humano de não ter constância nas coisas. Toda hora as mesmas coisas cansam. As borboletas sim são feliz, provam na sua metamorfose, que a mudança bruta só aponta para frente, é o remar sem cessar; é o bater de asas para nunca mais voltar a ser lagarta. Não me importo mais com isso ou aquilo, me conheço bem e não irei me preocupar com essas coisas. Sei que no final da prosa, o começo será o fim e vice-e-versa, mas eu sou assim, não mudo e em outras palavras: não tenho jeito. E quem é que tem jeito? E quem é que não muda de opinião? E quem é que a todo instante quer a mesma coisa? Quer saber? Se existe esse tipo de ser humano, prefiro não conhecer. Me chamam a atenção, todo aquele tipo de pessoa que não deu certo, vira a página e começa outra coisa. O maior erro da nossa humanidade é querer recomeçar a todo instante. As vezes, o recomeço não é a melhor coisa a se fazer. Chega a hora que é necessário mudar, bolar novos planos e o azar é de cada um. Talvez eu ainda vá me angustiar mais vezes, mas também terei a certeza de que mais vezes eu terei a chance de começar, fazer o novo. Se existem que vive a marge do tentar mais uma vez, esse alguém não sou eu. Vez em quando se é necessário atravessar a ponte, mudar a calçada, trocar os discos... As vezes é bom voar e sentir que os pés não tocam o chão, mesmo que seja em pensamento...

29 de outubro de 2012

Amor estranho amor


O amor. Não tenho mais tantas e todas as certezas sobre esse assunto. Se antes as coisas apontavam algum caminho, hoje ando tendo a certeza de que estou indo para outro. Tenho andando ao contrário, do lado avesso e o amor mudou o destino, já não segue o mesmo trajeto antes traçado e por onde passo tenho sentido os pedregulhos, os buracos do solo inférteis de meu sentimentalismo, curvas perigosas demais.

Parece que aquela coisa boa de querer ter o outro por perto tem sido um equívoco. Ambas as partes tem vivido a sua vida sem muito se importar com a vida do outro. Cada qual tem vivido sua vida e não tem andado juntos e isso não é amor. Claro que se deve respeitar a individualidade, mas no quesito amor, às vezes temos que baixar a guarda um pouco de nós mesmos para caminhar, seguir a direção do outro: quem é que sabe se seu caminho é melhor que o do outro? O amor anda se suicidando e não adianta mais lançar a corda quando não se quer ser salvo.

Parei de tentar acreditar demais no amor como a coisa mais sublime de todas as coisas e isso não é o certo, pois ainda continua sendo ele em sua plenitude, mas tenho a consciência de que é passageiro. Paro e penso no que deixei e no que não deixei. Nas coisas que fiz e nas que deixei de fazer. Paro e olho o que conquistei e onde estacionei na vida. O amor é ponte indestrutível que tem por finalidade a construção de dois seres em um, mesmo com suas diferenças e seus gostos, mas esse mesmo amor que respeita a individualidade tem a obrigação de nos levar juntos a um mesmo destino. O amor que nos arrasta para fora de nosso egocentrismo surge no momento certo, no exato instante em que se é necessário ser um pouco o outro para sentir, ver o que o outro sente e vê.

Já não há tempo para ficar procurando o responsável por toda a situação ruim. Como bem sabemos, ‘já não temos todo tempo do mundo’, precisamos ser felizes e seguir um pouco mais o próprio nariz. Levar só o que foi bom. Deixar as mágoas e os ressentimentos. Acreditar que aprendemos e que levamos de toda experiência somente os saldos e não os débitos. No relacionamento, seja ele em seus meios ou fins, só podemos ter com a gente a certeza de que foi bom enquanto durou e que se não perdura mais, não é porque alguém errou mais que o outro. Ambas as partes tentaram acertar, mesmo que não tenha sido isso, mas é o que temos para que cada um vá viver a sua vida.

Não se pode acostumar. A vida nos movimenta e quando um alguém entra em nossa vida, deve ter essa finalidade, nos movimentar mais velozmente e quando necessário parar, não achar que tudo está esgotado. Se alguém acha que está perdendo tempo, é hora de pegar as trouxas e partir. Não sei bem, mas encontros e despedidas na vida é fundamental. Não é mais e nem menos; não é tudo e nem menos. São pessoas que num instante de suas vidas perceberam que chegou a hora do barco se colocar em ondas e mares diferentes, quem sabe mais lá na frente possamos nos encontrar num mesmo cais. Caminhos diferentes não quer dizer que não seja fim. Quem sabe se cruze os caminhos, quem sabe se possa ver de longe, quem sabe a vida peça apenas uma pausa no que diz respeito a dois, para que cada um possa seguir o seu caminho? Quem sabe? Eu não sei. Só que não é justo cruzar amores, nem hoje e nem nunca. Cruze os caminhos, cruze as vidas, mas nunca a sua vida com mais dois ou três amores. Isso machuca!



"Talvez eu seja pequena
Lhe cause tanto problema,
Que já não lhe cabe me cuidar.
Talvez eu deva ser forte,
Pedir ao mar por mais sorte
E aprender a navegar."
Porque você faz assim comigo - Mallu Magalhães

27 de outubro de 2012

Plans are made of transparent possibilities


Quero questionar: como sempre, mas não me importa as respostas, isso só é um modo de fazer com que todos possam, além de mim, pensar. Não como eu, mas pensar um pouco mais.

O que é sentir-se desejado? Trepar todos os dias? Gozar a todo o momento? Trepar, trepar e trepar? O que é ser desejado? Existe diferença em ser desejado de fato e apenas ser um corpo para transar e gozar? Não sei, mas acho penso que muitos por aí podem me responder. Pra mim desejo é outra coisa: eu não desejo alguém só no ato sexual. O meu desejo vai além, entra nos detalhes e isso não quer dizer que eu não goste de sexo, mas o que me faz desejar são outras coisas. É naquilo que eu possa fazer estando junto. É dormir se for o caso, abraçar ou silenciar, respeitando o meu momento de calar a boca. Desejo é desejar o bem e não somente ter que ficar admirando um corpo. Quem vive disso é fútil, não compreende a razão humana as avessas. Penso que isso seja desejar alguém de verdade e para tal, não se faz necessário à exposição do corpo como se quem vê realmente desejasse a título de coisa mais perfeita do mundo e não com pensamentos baixos. Desejar é estar a tanto tempo junto e parar de achar que o (a) outro (a) não lhe olha mais, não lhe diz coisas bonitas apenas. Desejar é estar junto e sentir-se mais apaixonado pelo que a pessoa tem superado em sua vida e não estagnado a detalhes corriqueiros e que não levará para frente. O desejo pelo material exibido é feito mercadoria, experimente: alguém lhe diz desejar, mas vai ser até trepar e gozar, depois não vai querer mais.

É como diz Mário Quintana: “Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que queira estar junto de mim, me abraçando.”. Digo mais, preciso de alguém que não queira ser desejado pela beleza, que sempre acaba. De alguém que entenda que meu silencio nem sempre é braveza. De alguém que me olhe nos olhos e diga o que sente!

Cada um sabe como elevar o ego e o meu, elevo talvez na pseudo-sabedoriae pseudo bom senso; elevo no que quero levar pra vida inteira e não para alguns dias e semanas. Aliás, ei também poderia dizer que me sinto menos desejado em muitos momentos, a começar de que quando quero fazer sexo e não me permitem. Posso dizer que quero ser mais desejado ao querer mais coisas que gosto ao invés só das coisas que você gosta. E aí? Por isso vou me expor? Gritar pra todo mundo? Eu poderia cobrar isso e muito mais, porém a forma como eu vejo um relacionamento é bem diferente e como somos diferentes. Então: viva la vida loca!


24 de outubro de 2012

O que você vai ser

O que você vai ser quando crescer? Não me recordo se algum dia me fizeram essa pergunta, mas eu sei que sempre tive respostas rápidas. Já quis ser muita coisa, desisti de muitas delas depois, mas não desisti de um dia ter a minha casinha no meio do mato.

Da primeira coisa que lembro que possivelmente eu quisera ser, era alguma coisa da aeronáutica  Eu queria voar, sair do chão. Queria andar fardado, me sentindo um homem de verdade, mas hoje eu vejo que não é a roupa e nem uma farda que faz o homem ser quem ele é de fato. Valores são outras coisas. Tem gente que voa por aí, mas consegue ser pior que aqueles monstros que tínhamos medos quando ainda pedíamos para dormir com a luz acesa.

Quis ser bombeiro, salvar vidas e até perder a minha se fosse necessário. Aí já não pensava na farda, sempre achei aquele tom acinzentado feio demais para quem por uma obrigação, deve salvar, dar esperança. O ser bombeiro estava em andar nas Viaturas de Resgate ou nos Caminhões Auto-Bombas, eu queria apagar o fogo, ressuscitar o sujeito quase morto em meio a uma avenida agitada. Queria acordar bem cedo e voltar no outro dia pra casa e ver quem eu deixei em casa com orgulho de mim, mas essa vontade também se foi. Salvar vidas é necessária, mas eu sou do tipo de ser humano que não sabe fazer bem duas coisas: eu salvaria os desconhecidos e com toda certeza não salvaria aqueles a minha volta e pior, me consumiria a tal ponto que não seria aquele consumir de caridade, simplesmente me esgotaria, me perderia e desse jeito, não seria um bom socorrista.

Quis ser ator, mas não sei interpretar, eu rio com qualquer coisa e no nervosismo, não sairia falas e sim risos. Quis ser pai de três filhos, mas não aprendi a cuidar nem dos meus power rangers direitos, destrua os carrinhos, talvez seria um bom pai no quesito defender meus filhos, mas de resto, não sei, quem sabe? Tudo é possível e estamos em processo de superação, mas hoje não posso assumir a responsabilidade do lar, não como tal. Quis ser católico, quis ser padre, tentei o caminho vocacional, mas não, isso não é pra mim. Quis ser o que a sociedade chama de heterossexual, tentei, mas não consegui. Quis tentar ser homossexual, ainda estou tentando, mas também não sei. Acho que nesse quesito, somos livres, pelo menos eu sou, pois não me enquadro naquilo de que a coisa tem que ser assim ou daquele jeito, estamos mudando o tempo todo e não somos obrigados a se conformar com alguma coisa para seguir os padrões, somos livres, sexualmente falando, quem se prende a isso é tolo, minha opinião, pois vamos perder as coisas que a vida nos oferecem para agradar a quem? Eu quis ser aquele revolucionário, quis mudar o mundo, mesmo que dentro da minha cabeça e isso não é errado e ainda sonho que algumas coisas podem mudar, mas já não sou ativista de nada, pois cada homem deve mudar a si mesmo.

Mas o que eu vou ser quando crescer? Acho que respondi tantas coisas que no final não fui nenhuma delas, mas uma coisa eu já fazia, por brincadeira, para querer mostrar meus sentimentos, para tentar falar de uma maneira diferente. Escrevia para pedir alguma coisa, um 'dinheirinho' pra mãe. Escrevia redações, sempre escrevendo as recordações dos finais de semana, das férias que na maioria das vezes eram em casa, enquanto dos amiguinhos eram em lugares que minha imaginação não alcançava, mas tava bom, importava escrever as coisas que eu tinha, que eu podia fazer e que eu queria mais pra frente. Fui crescendo, as primeiras cartinhas de amor, as primeiras poesias, os primeiros encontros em formas de prosa entre os amigos, os primeiros contatos com alguns dos grandes nomes da literatura.

Escrevi quando era para escrever e também quis ser rebelde escrevendo em provas, em livros escolares, em carteiras de escolas.

Hoje percebo o que eu vou ser quando crescer: alguém que escreve sobre a própria vida, que fala escrevendo sobre as coisas e pessoas ao redor. Escreverei indiretas em formas de crônicas, sonhos em forma de poesias, solidões em tons de prosas. Vou tentar escrever o romance nunca escrito, o ensaio nunca pensado, o teatro nunca narrado. Vou escrever e quero mesmo é morrer assim, com um bloco de papel e uma caneta do lado da minha cama ou de minha maca.

Quero poder finalmente chegar nos meus momentos finais e poder dizer que naquele momento eu sei o que seria quando crescesse: escrevinhador de minha própria história!

23 de outubro de 2012

Correspondência


Que definir desistência ou simplesmente desistir. Queria sinceramente sentir aquela emoção fumegante que nos tira da mesmice, encher-me de sonhos e ter meios para ir atrás, pois não basta somente à vontade, tem que haver os meios, aquilo que nos conduzirá. Pode ser que muitas vezes a nossa própria força de vontade nos farar nos superar, mas às vezes, os meios aos quais nos cabem não são suficientes. Vez em quando, necessitamos de novos barcos, outros ombros, alheias forças. Precisamos mais que nossa boa vontade, mais que o que temos. Talvez, necessitamos de um olhar amigo, de uma mão familiar e acima de tudo, boa vontade de quem nos circunda também. Aprendi que a vida sozinha não tem sentido, mas é a partir disso que vem o meu questionamento: sozinho ou não, o quanto se é necessário outra ajuda? Num abraço que não podemos nos dar? Um sorriso que não somos capazes de sorrir para nós mesmos? Da ajuda da matéria que é tão importante quanto a afetos e sentimentos. Fernando Pessoa fala-nos "jamais desistir", o que hora ou outra o mundo também nos diz:

Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Sou e estou à margem, mas sei também que não posso atravessar sozinho. Não, essa não é a margem (terceira) que propõe Guimarães Rosa em seu conto intitulado “A terceira margem do rio”, um lugar desconhecido, porém sagrado pelo rito de se ir atrás de um novo mundo, talvez. Sou mais um no meio desses tantos que estão sentados às esquinas, mas diferente deles, tenho sonhos e não estão nos carros que não posso ter, ou nas baladas que não posso frequentar. Carrego em mim, um ideal de ser humano que sonha com coisas que nos fazem superar os limites da existência. E quais são esses limites? São os nossos próprios. Sou esse que está frente ao mar, mas não encontro aquele tal Moisés que possa me ajudar na travessia. Eu poderia ir sozinho, mas sou limitado, minhas condições não me tornaram um ser que desbrava os mundos, mas não falta vontade e nem sonhos, mas também não me faltam às lágrimas choradas escondidas e em meio a essas palavras. Um desconcerto, um desencanto.

Falam-me de fé e esperança, e eu bem sei que tudo isso combina perfeitamente com ação, partir. Para onde? Sim, estou debruçado sobre a janela e pensando no que tenho, nas minhas realidades. Dói-me a incerteza das vezes que bate na trave os meus desejos.

Poesia, depois de lançada ao vento não é mais do autor e sim de quem interpreta, ouvi isso num dos textos que escrevi esses dias atrás na minha vida. Do mesmo jeito que vi mudarem e atualizarem para si o que escrevi, faço o mesmo com uma frase de Bertolt Brecht, onde ele diz que "do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem.". É isso. Não estou com medo dos rios que atravessarei, mas fico assustado com o tempo que eu possa sobreviver a custas das margens.

Não sou grande fã de Paulo Coelho, mas com sabedoria ele diz: "Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia." Talvez seja isso, talvez eu projete uma coisa que não é para mim e meus caminhos são outros. Já que minha realidade nem sempre convém com meus grandes sonhos, ando pensando que é nisto que eu tenho que dar força, ao verbo esquecer. Talvez possa ser também que eu esteja naquele momento ruim da vida, onde ficamos a margem e a espera de um sorriso que fale que tudo vai dar certo. Confesso que não vivo a opiniões das pessoas, mas reconheço, porém, a importância que uma palavra e um gesto amigo pode nos fazer. Acredito na "palavra da salvação" proferida em quem acredita um pingo que se quer na gente!

Sabe de uma coisa? Estou agora decepcionado com alguns retalhos costurados a minha vida. São pequenas peças que se encaixam em minha vida que não sei bem lidar, mas não desisto, estou tentando, buscando, persistindo, mas como já disse: sozinho eu não consigo. Revelo-me carente, mas não aquela carência que nos empobrece e dá vazão a sentimentalismos e afazeres baratos, mas uma carência de um cuidado que não consigo possuir.

Clarice define o meu embrulho de palavras: "Escrevo como se estivesse dormindo e sonhando: as frases desconexas como no sonho. É difícil, estando acordado, sonhar livremente nos meus remotos mistérios.".

Sei que são nos acontecimentos que tiramos a melhor lição da vida, mas também sei que nem sempre aprendo com tanta dor e desencanto. Minha humanidade não precisa de afagos e reconhecimentos, mas ao mesmo tempo, encontro-me perdido no paradoxo e quero um pouco mais de olhar para as minhas coisas. Não quero um milhão de vozes me dizendo que vai dar certo, preciso de poucas vozes que digam que vai comigo trilhar um momento de minha história. É o atar das colchas aos lençóis. Já chorei; já pedi; já conversei sem respostas concretas. Não quero ouvir que o que tiver que ser será; é responsabilizar demais a sorte e nós bem sabemos que não se trata de sorte, é labuta, é ir, mas não posso ir se não tenho meios, se não tenho ajudas. Sinceramente é triste o chegar frente ao gol e chutar na trave, não pelo fato de a bola não ter entrado, mas de ter tido uma única esperança e as coisas não fluírem do jeito que imaginei que seria. É ruim saber que a todo tempo estou virando a ampulheta do tempo, renegando o seu fim, tentando o que pode dar certo.

Vou direto ao ponto: preciso de um olhar que me olhe na mesma direção que esteja meus olhos, nem acima e nem abaixo de mim, que olhe o reto e o caminho que tracei e que se coloque na figura que estou caracterizado hoje.  Quero uma solução para os sonhos que parece não darem certos, quero notas soltas e partituras postas. Desejo poder finalmente revisitar a página em branco que a vida oferece, sem ter que voltar às páginas anteriores e mudar alguma coisa, apagar um detalhe. Quero que as frases de efeito emocional se cessem e possam alguma vez fazer alguma coisa útil a meu respeito. Penso que não é ruim eu direcionar as minhas atenções, algumas regras. Penso que tenho o direito de pedir, de solicitar, de sonhar e querer que estejam comigo. Sei que muitos outros andam por aí pensando da mesma maneira, mas não externam os seus melindres e medos, suas angústias, seus apelos de atenção e por esse jeito de guardar o que se passa por dentro, se afundam nas coisas mais fáceis, se entregam as margens e ali vivem como se não tivessem predisposições a atravessar. Quero meu direito humano investido por uma dor que hoje me soa grande, mas que amanhã será pequeno diante a vida daqueles que amo e terei e farei com grande paixão o ato de ajudar a serem melhores e a conquistarem seus sonhos, seus rumos e barcos para as travessias.

Quero poder sair das esquinas e calçadas. Quero alcançar meus sonhos e objetivos. Reconheço-me carente de mim mesmo, mas sou indigente e preciso que me toquem a face, as mãos amigas, para quem sabe assim, me talharem novas metáforas e bons sonhos. Preciso de nada mais e nada menos, que alguém simplesmente me dirija a “palavra da salvação”, não a divina, mas a humana, que reconstruí êxodos e êxitos!

22 de outubro de 2012

Mudança de Blog

Bem, mudei-me... Escreve em outro blog!


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Enquanto a gente aprende

A minha voz estava embargada e eu cambaleava entre a solidão entre todos e o silêncio no meio de tantos. Eis um dos piores momentos da vida de um ser humano, se perceber rouco quando se é para estar afinado; se achar perdido quando era para as situações terem reencontrado alguma razão para poder sorrir, mas não foi assim. Não tem sido tão bom os momentos que passamos juntos com aqueles que nos circundam.

A gente vai deixando de viver um pouco a nossa vida e vivendo o avesso que conseguimos encontrar no outro, mas em vão. E a gente não aprende que não devemos esperar muitas coisas dos outros, como esses tantos também podem estar pensando a mesma coisa, mas a gente vai vivendo e tentando despertar um sorriso bobo, um amor romântico  um prazer estável, mas não adianta, já não temos mais o valor de antes. Já somos joia usada e velha, não nos cabe o polimento, nosso coração já foi despedaçado, arranhado, desse jeito o brilho ofuscou com as lágrimas que por muitas noites deixamos enferrujar alguma parte de nós. Estamos riscados, adulterados a babacas da vida real que ainda faz para ver alguma coisa boa acontecer; engolimos o choro para ver se a alegria de algum outro possa se valer de nosso sofrimento, mas em vão.

E se já não sabemos o que fazer para melhorar as coisas, não importa, não vale mais tanto a pena a gente se aniquilar, pois assim já fomos por todos os outros, já estamos numa visão de fracassados por tantos, tentar se mover em meio a areia movediça é afundar mais, assim também é em nossa vida: merda feita, quanto mais mexermos, mais conheceremos o cheiro putrificado que a coisa tem. O coração carece de remendo mais fortes, de sentimentos mais duradouros, de vontades mais bem dispostas...

O sonho da constituição a dois acabou em poucos dias, agora os planos são outros, as situações são outras e eu vou falando pelos cotovelos para não morrer aminguá  Já não me dói pensar que de tanto falar posso acabar sozinho, mas antes eu e minha sombra do que alguém que simplesmente não consiga olhar no meu olho e dizer o que se pensa. Tenho preferido as músicas altas do que o silêncio dos que estão a minha volta. Durmo para esquecer aos poucos quem está por perto. Bebo para poder finalmente chorar por não ter dado certo, por não ter conseguido fazer a coisa caminhar positivamente, mas na manhã seguinte a ressaca é tão forte que a minha preocupação é só com a dor de cabeça e a vontade que todo instante me dá de tomar um copo de água bem gelada.

Não tenho mais aquele velho hábito de tentar agradar, mas até eu sendo eu mesmo ainda me anulo, me aniquilo, deixo minhas coisas de lado para poder ver se todos estão dispostos a fazer o mesmo, mas não, caio diante a segregação de valores que cada um dá em demasia a si mesmo e eu fico na sarjeta da desilusão. Mas sei que com tudo isso eu estou é aprendendo; sei que cada frase seca engolida é uma frase de aprendizado; cada olhar torto é um caminho curvo percorrido e que cada silêncio significa os desertos afetivos que tanto passamos e ainda passaremos em nossa vida. Talvez por isso eu não reclame mais da dor que me causam, do sofrimento que me jogam na cara. Talvez seja o pouco apreço que me dedicam que me tenham feito um pouco melhor nas minhas coisas, pois foi valorizando demais os feitos alheios que pude um dia começar a enxergar alguma beleza nas minhas pequenas poucas coisas.

21 de outubro de 2012

Trouxa


Sou trouxa assumido: confesso. Ando por ai, bancando o otário (adj e s.m. Informal. Diz-se de ou pessoa que é enganada com facilidade), mas não estou nem aí e quem é que se importa?

Finjo muito bem, sou dissimulado e pago minhas contas. Não devo nada para ninguém, nem tenho o que temer, minha vida é essa mesma, faço por fazer e já me acostumei com as não retribuições. Sobre o atestado de ser besta, caiu muito bem essa máscara em mim, afinal de contas, me finjo de anta para ver os "espertos" passarem por mim.

Sabe aquele momento tosco de sua vida, que ao invés das palavras ditas, só lhe restam às palavras? Estou exatamente vivendo isso! Prefiro escrever, assim, cada um veste a carapuça que melhor servir.

Trouxa! Podem gritar as escondidas, afinal de contas, eu conheço bem a minha inutilidade, onde minhas palavras e feitios não têm servido para absolutamente nada. Trouxa, de todos a minha volta, de mim e de você, breve passageiro nessa estrada longínqua que é minha vida. Trouxa, por todos os motivos possíveis e os impossíveis também.

Cansei de pedir e não ser atendido; de falar e não ter respostas. Estou me anulando, deixando de ser para os outros e passarei a ser por mim. O poeta que posso ser; o escritor que almejo me apresentar. Não tenho mais tempo nessa vida de brincar de coisas, de relacionamentos estáveis e sinceros. Tentei a meu modo mudar, ajustar todas as coisas, afinar as decisões. Tentei ser o cara que quer ajudar todo mundo, mas cansei de fazer e descobrir que no fundo não tem valor nenhum nada que eu faça. Vou cuidar de mim e de meus afazeres, dos meus dons, da minha fé e crenças. Vou cuidar daquilo que posso ser e não o que aparentemente querem.

Serei como as conversas privadas e apagadas. Não vigiarei nem me importarei. Nada mais. Não serei mais nada que esperem que eu seja, afinal de contas, vez em quando a gente se anula e nada muda; e se é pra descer a lenha, que descemos juntos então. Sou inconstante e todas essas minhas promessas podem mudar, que mude, já que minhas decisões são sempre as mesmas. Não me importo de mudar de rota, de rumo, de caminho... Mas me importo quando a vida me faz tomar atitudes de "gente falsa". Que fala mal e depois corre atrás; que fala nunca mais e depois aparece a vista.

Chega, o meu momento é esse e eu preciso me salvar e fica no barco quem quer. O diluvio está armado e sou eu quem tem que remar a minha vida, minhas escolhas, meus gostos. Fica quem quer, permanece quem pode oferecer alguma coisa, mas o mais importante: que seja para estar por completo, sem os segredos descobertos, sem os desejos ocultos revelados. Quem não está disposto: "pega" um bote qualquer e vá remar, afinal de contas, o oceano é grande e não tem o porquê ficarmos presos a um barco quando na verdade queremos é conhecer as canoas furadas e os botes prosaicos.

20 de outubro de 2012

Quando alguma coisa se mistura temos o que chamamos de amor

Da série: videoclipes que não tem muito a ver com a letra da canção em si, eis que me encontro a beira, melhor, a margem de uma loucura que darei o nome de fase da vaca louca.

Vejo e revejo e tento revirar o clip da música 'Pot Belly' do conjunto Freshlyground, tentando achar coerência entre uma coisa e outra, mas não encontro, porém deixe assim estar. Como não sei nada de inglês a não ser algumas poucas palavras aprendidas e engolidas na fase educacional, prefiro meditar o clip em si, assim, posso dar a ele a tradução que eu quiser e sem pagar direitos autorais por isso. É bom quando alguma coisa consegue fazer isso com a gente. Talvez esse seja o cume da minha total falta de sono, pois antes de dormir, fui deitar com um texto a ser escrito sobre a coisa já citada, mas não o fiz no momento propício. Claro, perdi as belas palavras que vieram naquele instante, agora tento elucidar outras coisas, outras razões e emoções.

Quando perguntam sobre minha cor preferida, sempre digo que é o verde. Não sei, traz um tom mais masculino, mais esperançoso, mais nota escassa de um real. Porém o clipe usa muito do verde e do vermelho. Não sou muito chegado a cor vermelha, a não ser em títulos e outras marcações, o que no clipe me fez preferir essa cor do que a outra, a verde. Imagina morar numa casa toda verde, com cobertores e meias verdes; uma sala de sofá, mesa de centro e paredes verdes. Acho que eu não aguentaria. Já a casa do outro cidadão é toda trabalhada no vermelho, sei não, mas acho que vermelho demais é bem melhor que verde em demasia. Será que me enganei esse tempo todo e não seria o verde a minha cor preferida? Talvez sim, ou talvez não... Se bem que as coisas que gosto muito, aquelas das quais sou fã número um de carteirinha, eu não vejo, assisto, leio, escuto muito. Às vezes passo horas procurando qualquer outra coisa do que as que eu digo amar de verdade. Estou batendo à porta do 'movimento poser' ou é impressão minha? Tudo bem, a questão é o videoclipe.

Um sujeito do sexo masculino vive no seu mundo colorido em tons avermelhados, a menina em subjetivismo esverdeado e eu em um tom quase que sem cor definida. Um procura pelo outro, mandam presente... Ele recebe uma caixa com roupas verdes, claro, deve ser as fantasias mais íntimas da menina; ela por sua vez ganha flores vermelhas. Enquanto ele tenta combinar o presente com o fundo cenográfico, ela também engatinha para fazer o mesmo. O problema é que eles não conseguem, ou melhor, não se sentem bem com a possível mudança, devolvem-se os presentes. Coração partido? Que nada.

Quando se ama de verdade, não importa as mudanças que teremos que fazer, não é isso que dizem os poetas? Sei lá, amar é adulterar-se e assim fazem os mocinhos da história contada em quatro minutos e vinte e dois segundos... Não é cobrar, é fazer pensando no outro e assim eles fazem, ela que vive no mundo verde, muda tudo, pinta tudo de vermelho, quer ter o outro mais perto do que o fará lembrar que ele é e lindamente ele, sem saber das mudanças que ela fizera, faz o mesmo, e torna sua casa de verde, no final das contas, eles se completam pelo valor que dão um ao outro e o que importa mais que tudo é ver o sorriso estampado na cara e o amor saltitando para dentro da melhor casa que se pode cultivar, o coração...

Moral da história é que não a música, a letra em si não mexeu comigo, mas a cena produzida em vídeo me fez pensar até onde estamos dispostos a ir quando nos responsabilizamos em dizer 'te amo' por aí...


19 de outubro de 2012

Por um amor eu sou capaz


Por um amor de verdade, desses que cada um sabe que realmente é, sou capaz de mudar todo o rumo da minha vida. Antes eu não era assim, mas boom, foi aparecer para começar acontecer. Vez em quando vivemos o caos, mas quem não vive? Que amor não traz a tona aquela bendita inconstância? E quem é que nunca pensou no ódio, mas só foi capaz de dizer, gritar o amor que transmuta qualquer desafeto? O amor que eu tenho vivido é assim e não me importo que julguem e que falem que eu mereço coisa melhor, aliás, quem é que sabe o que é melhor para mim?

A pessoa que eu escolhi amar é a melhor coisa que a vida pode me dar. Esse amor me faz sentir vivo: alegria por poder estar perto, tristeza por ter que separar por algum tempo. Esse amor me faz sentir muita satisfação, pois simplesmente escolheu por mim, independente dos meus defeitos, das minhas falhas, dos meus vícios, das minhas loucuras, do meu orgulho, das minhas caóticas decisões. Esse foi o amor que a vida me deu, que o tempo me fez esperar para ter e eu não posso abrir mão, não facilmente, não deixar com que se vá para não voltar. Esse amor também já me trouxe algumas frustrações, do tipo não entender alguns dos meus motivos, algumas das minhas escolhas, algumas de tantas outras coisas, mas sabe? Existe a vontade de querer estar junto que faz as frustrações serem pequenas e discutíveis, por isso existe aquele momento que muitos temem, o "discutir a relação". Nem sempre é bom, nem sempre algumas das partes estão preparadas para ouvir, mas é necessário e se é para colocar os pingos nos "is" e salvar o que parece não ter mais salvação, vale muito a pena.

Não me importa o que vão dizer sobre as idas e vindas; não me importam se os meus ou seus amigos estão contentes. São eles que precisão em certos momentos pegar as trouxas e sair de fininho. Ninguém sabe o que se passa dentro da gente e por isso ninguém tem direito a julgar o que duas pessoas vivem. Conselhos às vezes são bons, mas bom ainda é relativo. Se eu tivesse ouvido o que os "amigos" tinham me dito, talvez eu não tivesse vivendo o melhor momento da minha vida que é errar e poder pedir desculpas. Que é falhar e me reconhecer um merda. Bem provavelmente que se eu tivesse escutado o que era bom para os outros, não teria experimentado o poder que é a reconciliação com quem a gente ama.

Já errei tanto durante os meses que se passaram, mas quem não errou? Quem tem direito de atirar a primeira pedra? Acho que em vez de ficar tentando achar culpados, hoje estou mais querendo é viver intensamente. É bom ter alguém na vida com quem nos preocupar; é bom ter alguém para quem ligar, dizer de verdade que o ama; é tão bom poder sentir a pele tocando a pele de outra pessoa, mas tocando não de forma a ser qualquer um. Quando se tem alguém a quem se ama, as peles se encontrando é forma viva, é expressão de que ainda existem pessoas dispostas a serem uma para a outra e ninguém mais. Claro que às vezes nos enganamos a tal ponto que queremos sair por aí e aprontar, mas o importante é chegar, olhar nos olhos e do fundo do coração pedir perdão, afinal de contas somos todos uns merdas e é quando estamos sentindo que estamos perdendo é que vamos atrás, aliás, se vamos atrás é porque amamos, é porque nos importamos, é porque queremos ter de volta aquela chance desperdiçada... Se rompemos com nosso orgulho que o outro bem sabe que temos, é sinal de que amamos incondicionalmente. Por isso sou do tipo que se erro, não tenho vergonha de ir atrás, de queimar a cara, de bancar o otário e nem mesmo ligo de engolir a seco qualquer grosseria, qualquer indireta. E por falar de indireta, essa coisa mais tensa e chata que veio junto com as Redes Sociais, nem sempre é sinal de ataque de fato. Às vezes é só uma forma escrota de chamar a atenção do outro e falar: olha, eu estou aqui, vem comigo...

Por isso sou do tipo que com a minha inconstância, quando vejo que erro, quero acertar e não me importo de fazer nada, pois o que me importa, é o amor que eu tenho. Então, rompo com laços e se necessário, mudo, me transformo no que eu não sou, pois o que a gente é, o outro respeita e nos motiva até a melhorar. No meu caso é assim. A pessoa que a vida me deu, me manda indiretas, me xinga e sei que sente uma vontade absurda de algumas vezes enfiar a mão na minha cara, mas eu não ligo, eu amo e por ela eu faço qualquer coisa. Viro o mundo de cabeças pra baixo, vou atrás de tentar fazer acontecer o que ele sonha. Talvez eu seja um pau mandado, mas antes pau mandado que um frustrado nos relacionamentos. Prefiro eu baixar guarda para que fiquemos bem, faço o impossível e tiro de cada acontecimento, um aprendizado. Afinal de contas, um amor de verdade não dura apenas uma semana. Às vezes pode levar anos para que cultive de fato um amor, e é isso que sinto, que a cada tombo um aprendizado e a cada reconciliação uma vitória. Somos muitos novos no amor, isso é um fato, mas somos grandes o suficiente para decidirmos ficar com quem queremos claro, o sentimento às vezes manda mais que a razão, mas pra que razão quando só se quer amar, só se quer ser feliz, só se quer tentar ser um para o outro, tudo aquilo que sozinho a gente não sabe ser, não é mesmo?

Então, não me julguem por falar que não quero mais e depois ir correndo atrás. Não falem que eu não sei o que quero da vida, no momento de raiva, nós humanamente somos burros e falamos qualquer merda, mas eu posso não saber as coisas que quero na vida, mas já escolhi a pessoa para estar do meu lado, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença... Se for até que a morte nos separe? Eu não sei, mas quem sabe? Talvez dure o tempo necessário para ambos aprenderem, mas se ainda sobrar um resquício de ataque de histeria, ainda é amor e você e nem ninguém pode vir julgar o que os meses, todo esse tempo que passou uniu, transformou, mudou e acrescentou na vida de quem simplesmente decidiu cuidar um do outro. Que não nos venham falar pra procurar outros, pois não quero. Não venha falar que não combinamos, já estamos tempo suficiente para saber que a química bateu. Guarde os comentários maldosos para si e não venham atrapalhar, dizendo-se amigo, isso ou aquilo. Uma coisa é certa: somos grande suficiente para decidirmos continuar, ou dar uma pausa, pois terminar? Não estou disposto!

E o amor pra mim é assim, visceral: faço tudo, abandono tudo, vivo tudo, quero aproveitar todos os momentos. Abandono se necessário, no instante agora, é ele e esse amor que mais me importa, afinal de contas, é a pessoa que escolhi para dividir comigo, todos os instantes de minha vida! ♥

18 de outubro de 2012

Profanação a vista - Relacionamentos abertos ou baile funk?


Dois mil e doze, século vinte e um e eu ainda carrego um pensamento arcaico sobre alguns assuntos e um deles se trata no quesito relacionamento. Da série: compreenderam errado o status das Redes Sociais. Caos a vista. Me avisem quando o ser humano se tornar menos babaca e um pouco mais intelectual, não muito porque é chato e vai querer ficar debatendo sobre todas as coisas e a todo tempo, mas nem de menos também, vai querer ficar debatendo sobre todas as mesmas coisas e a todos os tempos que tiverem.

A questão aqui a ser tratada é sobre relacionamentos. Claro, esse é um tema pessoal e intransferível, cada um sabe lá como vive isso. Tem os que são arcaicos e preferem viver a dois, mas ainda tem os franceses que nos traz aquele lúdico joguinho, que conhecemos com 'ménage à tróis' , não gosto, até que já pensei no assunto, mas não, comigo não funciona, sou do tipo o que é meu ninguém coloca as mãos, a não ser eu... Olhando ainda uma dessas Redes Insociais, tem lá o que marca 'relacionamento aberto' e está aí minha grande dor com esse tipo de estado de espírito: noventa e nove vírgula nove porcento da população mundial que marca estar vivendo um relacionamento aberto, no fundo não está vivendo de fato e sim, sendo corno, mas com elegância. É mais fácil mudar um status no Facebook por exemplo, já que vai levar chifre na cabeça; já que a outra pessoa vai pintar e bordar, desse modo, posso pintar o sete também. Não, minha opinião não é sobre o relacionamento aberto em si, mas sim um questionamento mais acerca de quem o vive. Ser corno dói, mas viver um relacionamento aberto nos tira desses grilhões da sociedade.

Outra coisa que você pega no ato é que se perguntar pra cem pessoas que dizem viver um tipo de 'relacionamento aberto' o por que, eles dirão que é porque gostam de ficar com outras pessoas e um monte de asneiras.

Minha opinião: relacionamento aberto é mais que isso. É um namoro descompromissado, mas que quando se está com outros, rola sentimento, rola sempre alguma coisa, pois não tem essa de pegar por pegar e vamos já parar de colocar a culpa na bebida. Outra coisa, relacionamento aberto nem sempre é sair por ai beijando Deus e o mundo, isso aí se chama falta-de-vergonha-na-cara, isso sim. Relacionamento aberto é querer ficar sozinho um final de semana, ir pra praia com os amigos, passar uma semana lendo, estudando sobre astrologia, magia, budismo. Isso é relacionamento aberto e não esse baile funk que querem fazer com a terminologia de relacionamento aberto.

Outra coisa, quando se vive um relacionamento aberto, pode até ser que você tenha alguém a recorrer quando ninguém mais querer, mas não chame de 'fixo' pois primeiro, se é fixo é pra ninguém colocar os dedos; segundo, se é fixo ou oficial, seja lá como quer chamar, não se é necessário ter outro. Acho que falta um pouco de estudo antes das pessoas saírem curtindo tudo por aí e mudando seus status de relacionamentos, afinal de contas, não tem o botão 'sou burro mesmo e sigo a onda', o que é uma pena, mas, ainda dá tempo de estudar antes de sair por aí dizendo o que não se vive. 

P.S.: eu não conheço ninguém que viva um 'relacionamento aberto' de verdade, o que eu vejo por aí é gente querendo ser MC Catra ou coisa do tipo... Personalidade? Isso aí é outra história, para outro momento... A questão é se vivemos um relacionamento aberto ou sabendo que seriamos cornos, optamos por esse tipo de relacionamento, assim, não seriamos chamados de chifrudos. Penso que tá faltando ensino sexual na Rede Pública de Ensino, para tornar o ser humano menos ignorante no que diz respeito a relacionamentos.

16 de outubro de 2012

Há três formas de amar



Nessa história, não existe donzela e nem rainha. Pode-se dizer que não tem príncipe, ou melhor, não é conto de fada nem História da Carochinha. Existem protagonistas, são pessoas, gente que podemos encontrar por aí, na vida real, na frente ou atrás de nós. Quem sabe no ponto de ônibus, na fila do cinema ou nos corredores do supermercado, mas nossa sociedade é pueril no quesito relacionamentos, ainda estamos à beira dos encontros conjugais onde um e um são dois e não três ou quatro... É crônica da vida, revisitada, instigada! São três, diria, “comum de três”! São os três mosqueteiros, salvo que uma seja ela, princesa do asfalto que traz em sua carruagem, dois príncipes das metáforas. E se existem! Que seja lindo e que seja belo, é amor, é prazer. Todos desejam, mas a coragem é pouca, mas eles ensaiam e vão para o ar, aparecem e o mundo ri, mas a nossa vista, isso choca.

Quem ínsita, não tem medo, dá a cara a bater. Bota mais água nesse feijão, pois ai vem mais um e se forma o triplo, a trindade contemporânea dos afetos, seus nomes, antes Dona Flor e seus Dois Maridos, mas é um passado se atualizando no tempo, agora é Suelen, Leandro e Roni. Poderia ser Rita, Osvaldo e Baltazar ou ainda João, Caetano e Chico. Por que não Sandra, Maria e Carolina? O mundo é de quem faz e não de quem apenas assiste. A vida é de cada um ou de mais um ou dois. O triângulo é mais bonito que o retângulo, onde sobra em cima e embaixo. O triângulo é mais bem feito que o quadrado, onde todos os lados são iguais. Triângulo pode ser retângulo, obtusângulo e acutângulo, porém continua-se triângulo, são três.

Do bem para o mal, existe o meio, o que equilibra. Yin e yang têm seus meios. Para tudo na vida, são três. Quatro já é orgia, sacanagem, não tem problema, mas não é triângulo.

Pensa lá em casa que alguém nunca estará sozinho e que na rua será o alvo da atenção. Isso existe em qualquer lugar, mas não sabemos. Para nossos olhos cheios de moralismos arcaicos, são amigos ou alguém é amante, mas oras: amante é quem ama, então, são três os amantes, vulgo Suelen, Roni e Leandro. Ela ama os dois, os dois amam os outros dois, cada um ama apaixonadamente o outro, o que embola e traz a tona à sensibilidade dos afetos e o saber de lidar bem com a interioridade do ser. Permitem-se, se expõem, se amam a tal ponto que moram juntos. Enquanto um lava as roupas o outro cozinha e o outro limpa a casa. Podem-se inverter os papeis e tudo se completa e se torna uma casa perfeita com casal perfeito. O importante não é o que os outros vão falar, afinal de contas, é entre quatro paredes que conhecemos os nossos piores monstros e é a chave fechada que podemos ser nós e nossos avessos. O amor, claro que pode ser duo, mas também pode ser trio. Mais que isso é somente prazer, é dor de cabeça. Três em uma mesma cama está de bom tamanho, existe para brincar as individualidades de cada um, com suas respectivas qualidades. Portanto, que sejam eles, os três, o exemplo de tudo aquilo que pode e do que não pode, mas que seja o amor, trino e profundo, que sejam quixotescos e contemporâneos, infinito, posto que é chama. Que seja flor e espinhos, mas que seja assim, sincero com os sentimentos num mundo onde se esconder e morrer com o véu, ainda impera e aí sim se mostra as doenças da humanidade que está em não aceitar as propostas da vida!


14 de outubro de 2012

Humano demasiado humano


O quanto eu ganhei da vida, é segredo nosso. Chega de gritar todas as conquistas e vitórias, parei de dizer por aí as perdas, derrotas e fracassos. Inveja e pensamento negativo é o que mais se vê por aí. Hoje sopro aos ventos e escrevo as minhas memórias num retalho, num pequeno papel de pão, amassado e esquecido, nunca revisitado como antes, mas o importante é eu saber que ali me foi permitido costurar no tempo tudo que fui e sou... Requinte de um papel cheiroso e colorido, eu deixarei para quando eu for mais velho, mais harmônico comigo e as coisas ao meu redor. Um dia sei bem que sorrirei tudo o que passou: os amores fracassados, os sonhos desistidos, as brigas desajeitadas. Sei também que é mais lá na frente que poderei dizer, 'do amor que tive' e dos que não me permiti ter; sei que a vida é obra engraçada, mas tem drama e suspense também.

Possivelmente sentirei falta de muitas coisas, de vários rostos, de tantos apertos de mãos e de alguns míseros abraços que dei e que deixei passar. Sorrirei os beijos dados e perdidos noites afora, dias aceso, tardes quentes de inverno estranho.

Renovarei finalmente os votos perpétuos de minha humanidade. Sei que muitas lágrimas virão, que incessantes risos me farão despertar depois da tortura emocional que eu e minha capacidade de exagero é capaz de fazer. Tenho a sorte de até hoje poder deitar e dormir, muitas vezes insônia, mas a sorte que a vida me sorri de abrir os olhos numa outra data, em um outra marcação do calendário e perceber-me vivo. Não me arrependo também da morte querida em vários instantes, sou humano, e as vezes cansa...

Mas de hoje em diante, serei assim, eu e os avessos e as vezes não serei nada. Pode ser que eu acorde explodindo amor, mas porventura de alguma coisa que nem mesmo eu seja explicar, eu possa levantar azedo, cheio de 'não-me-toque', pode ser que... Sou humano, demasiado humano eu sou.

12 de outubro de 2012

Contrários

"Quem no certo procurou, mas no errado se perdeu. Precisou saber recomeçar!" Contrários - Fábio de Melo

Antes esse texto se chamaria alguma coisa do tipo '8 anos' ou 'Sou poser', mas a vida nos surpreende, e percebo que são outros os temas e nossas escolhas quase sempre é o contrário, seja por medo de se entregar facilmente ou por querer subitamente mudar, o que chamam de inconstância  eu eternizo no dom de querer sempre aprender. Quem não muda é sujeito estacionado no tempo e aceitou a vidinha do jeito que ela aparenta ser, pois quem se coloca a mudar, vive outras coisas e se surpreende a cada instante!

Há 8 anos eu sou, ou era vegetariano, ou nunca fui e apenas me proibi a me alimentar de animais, mas sei que hoje, algum tempo depois, bastante para uns e poucos para outros tantos, eu fiz o contrário, comi peixe e gostei e não estou com peso na consciência por isso. Nunca fui dado a defender causas e deve ser por isso que me dói menos e não me faz pior ou melhor, simplesmente a vida se fez contrária as minhas velhas ideologias. 

Hoje eu poderia estar sentado atrás de um altar, celebrando o Mistério Pascal de Cristo, fazendo da Santa Missa o meu ofício, mas o contrário sempre me detém no momento oportuno ou exatamente no instante que eu preciso olhar no espelho e perceber que precisava mudar, primeiro os meus ideiais, os meus sonhos e romper com o meu preconceito. De uns tempos para cá, a vida tem me dado um toco e uma vestes simples, que não passa de uma camiseta e uma calça branca. Aprendi a respeitar as outras denominações religiosas e estou aprendendo a cada dia que existem tantas outras possibilidades, tantos outrops caminhos e que basta eu querer que eu consigo, mas querer e ir a luta.

Contrários a vida também me foi quando eu sonhava em ser rico, em querer ser militar, em querer ter uma casa grande... O que sinto e desejo hoje, é realmente o contrário: quero ter o suficiente para passar um mês inteiro um pouco sossegado; militarismo passa longe de minhas escolhas futuras; casa, pode ser grande, mas só se for no meio do mato, ou um pouco afastado do centro de qualquer cidade. Quero a calma, quero poder continuar escrevendo e ter paz para desempenhar aquilo que escolhi ser.

Lembro quando queria ter filhos e uma esposa loira. O que a vida em sua contrariedade me fez hoje em dia, preferir os garotos em vez das meninas. O sonho do filho ainda existe, mas ainda receio, tenho medo, sou nietzscheano nesse assunto: 'Ou livros ou filhos'. Mas quem sabe né? Estou vivendo essa metamorfose ambulante e o futuro é outra coisa, outro momento, outras histórias.

Por isso a vida que eu levo no fundo é boa, mesmo quando eu faço aquela novela mexicana. Sou capaz de mudar por mim e por aqueles que amo. Não tenho medo de passar por cima das minhas escolhas quando alguém me estende os braços e quer me guiar por outro caminho. Tudo é vivência e aprendizado. Não quero e não posso perder as oportunidades que a vida me dá.

Uma coisa é certa, prefiro os contrários do que seguir o sentido certo a todo momento. Sou dado aos avessos, a mudanças repentinas e meu humor bem diz isso, mas ainda assim, sou eu tentando ser eu e não uma cópia do que os outros são. Sempre me pergunto e pergunto aos mais chegados se conhecem alguém igual a mim e quando dizem que não, me sinto leve, livre, amado, pois é nisso que está a graça da vida: ser reconhecido em meio a multidão.

Talvez eu chegue lá na frente, bem velhinho e consiga encontrar a palavra que foi a minha vida, mas por enquanto, eu quero é me reinventar a todo momento, sem perder a graça de poder parar e ficar um pouco mais em silêncio. 

"Que o verso tem reverso, que o direito tem um avesso. Que o de graça tem seu preço. Que a vida tem contrários."Fábio de Melo

11 de outubro de 2012

Feliz por tudo


Algumas ou muitas pessoas saberão que a frase certa é "Feliz por nada", mas como não estou muito afim de dar créditos, mudo a frase, como tenho percebido mudar a minha vida. Dores e risos; sonhos e noite mal dormidas. Chame o sindico, o bombeiro. Chame Deus aqui e agora, precisamos conversar, pois há um incêndio sobre a chuva rala e não posso ficar fora de mim, a felicidade está do lado de dentro, dizem os sábios.

Quero despertar toda manhã e saber que vejo no espelho, um rosto molhado de alegria, de esperança, de alguma satisfação que ainda pode chegar. Feliz por tudo e saber que tem alguém a minha volta e estão dispostos a me procurar ou abrir a porta de suas vidas diárias e deixar que eu entre para festejar o que tiver que ser festejado. Estamos vivos por isso e por sermos feliz e buscar a felicidade, nossa e de quem amamos, antes do lado de dentro e depois por ai, felizes por sermos completos no quebra-vabeça da vida, dos retalhos juntos e costumeiros.

Espero poder sempre revisitar as crônicas positivas e cheias de positividades. Escrever, seja em que momento do dia for, alguma coisa que inspire a alegria particular, sem perder a chance de derramar uma lágrima, mas sabendo que se ela cai, é para aprendermos a sermos mais fortes e sábios. Felicidade é caminhada e corrida: as vezes a gente procrastina um pouco, tudo bem, mas chega o momento certo para aquele cooper no humor para que restem os detalhes de sorrisos lindos e cheio de dentes, ou que seja meio banguela, o importante é poder sorrir.

Sei que felicidade não se compra, ainda não se vendem chips, desse modo, também não somos detentores de toda a felicidade do mundo, o que podemos é tentar, é buscar fontes, mas não encontraremos nos afastando do que acreditamos e de quem achamos que nos sejam importantes. Pode até ser que a existência nos dê de presente algumas coisas ruins, mas não é motivo de infelicidade e sim o momento exato de provar para si mesmo que podemos tudo quando acreditamos no bem. Por isso, não vamos também sair por aí distribuindo nosso riso, quem quer vem buscar numa palavra amiga, numa bronca de sabedoria. Quem quer nos ver feliz e sentir-se do mesmo modo, sai um pouco do comodismo. Quem quer, vai a luta.

Agora chego a conclusão que felicidade é coisa para se fazer aos poucos, sentir e mais pra frente dividir, pois não podemos dar aquilo que não temos, afinal de contas, podemos ser feliz por nada, como bem deixa Martha Medeiros em seu livro e mais, recordando Adélia Prado: "Não tenho tempo algum, ser feliz me consome.".

10 de outubro de 2012

A mercê do caótico SUS de Pindamonhangaba

A vida de um cidadão seria normal, mas não é pelo fato de que a todo o momento, necessitando de cuidado e atenção, tanto por parte de seus familiares e pessoas afins, quanto da saúde pública.

Para muito, porém, chegar até um hospital ou respectivos ambulatórios já é em si um desafio. São muitos os dependentes de algum tipo de cuidado especial, que vai desde o transporte até o seu instalar, mas o que acontece? Descaso e falta de compreensão daqueles ditos funcionários "eleitos" promotores da saúde humana.

Um exemplo claro e próximo acontece todos os dias no Ambulatório de Especialidade Médicas do município de Pindamonhangaba, o famoso "Centro de Saúde", aonde o munícipe chega e ao passar pelo balcão de atendimento, tem ainda que subir até o primeiro andar para fazer a retirada de seu prontuário médico para o atendimento, coisa que alguns anos atrás não aconteciam e não deveria existir, afinal de contas, isso é trabalho para funcionário e por justamente se tratar de repartição pública, se não há funcionários suficientes para esse tipo de trabalho, que elejam um, pois bem sabemos que existem muitos funcionários que ficam andando para lá e para cá e também há na repartição, muitos estagiários de nível médio e técnico. Isso não é trabalho de sujeito que vai para ser atendido e isso não é folha e sim uma analise de que prontuário médico é documento e não pode ficar circulando por ai, pois nem todos os pacientes tem muita capacidade para isso.

Outro dado foi haver próximas as salas de atendimento, bancos para os quais a principio eu fiquei sem entender o motivo de sua existência, já que um funcionário de recepção informou que os pacientes não podiam fazer o uso dos mesmos. Depois fui saber que eram lugares destinados a pacientes específicos, mas ainda assim, vejo um descaso quanto à informação e também pelo fato de que não havia no momento, nenhum possível paciente ao qual eram destinados os acentos, portanto, lugares vazios que ajudariam e muito os paciente a ficarem mais próximos dos consultórios que haveriam de passar. Claro, como o atendimento é feito por senha, vai do bom senso do paciente também ficar de olho no painel e aguardar ser chamado, mas se tem alguém o acompanhando e pode ficar a esperar pelo número de senha a ser chamado, não vejo o motivo de não poder ficar mais próximo à sala de atendimento.

É objeto de uso público sendo vetado. Se não pode fazer o uso, primeiro que deem bons motivos e analisem as circunstâncias ao redor. Depois, já que é destinado a um tipo especifico de necessidade, que delimitem o espaço com placas de avisos. Falta um pouco de maturidade em certos tipos de funcionários que decidem apenas pelo "sim" e pelo "não", quando de verdade, deveriam usar da inteligência que se tem, para analisar outras possibilidades.

Saúde pública deixando mais uma vez como sempre a desejar, introduzindo no seio dos pacientes uma interrogação sem respostas, ainda mais nesse lugar onde as pessoas tem medo de argumentar. Agora, resta a esperança para que a partir de 2013, de fato as coisas mudem, pois a gestão pública de saúde precisa é ser tratada como se deve e não como seus funcionários acham que pode ser!